quinta-feira, junho 30, 2005 

Razão de ordem / Intrumentalização de Blogue

A quem é que eu emprestei os seguintes albuns:

- The Cure "Galore - Singles 1987-1997"
- Cousteau - S/T
- Beth Orton "Daybreaker"

Sinto a falta deles e quero-os de volta.

 

Mais-que-Poeta

 

Sedativo



Questionado sobre as declarações do primeiro-ministro, que defendeu a convocação de um referendo sobre a questão do aborto "para breve", Marques Mendes acusou José Sócrates de estar "a brincar com coisas sérias".

Público- 30/06/2005

Até quando a maldita procrastinação?

 

Emídio Guerreiro (1899-2005)



Resistente dentro e fora da ditadura.

quarta-feira, junho 29, 2005 

Óptima Original SoundTrack ...

... na Educação Sentimental, um dos meus novos blog-fétiches.

Adequada.

 

Aditamento ao "É p´ra amanhã"

Marques Mendes defende referendo ao aborto em 2006.

E com o perdão da brutalidade do que vou dizer:

Enquanto as repartições das competências entre a União e os Estados-membros se fazem à moda antiga, não se esvai uma mulher em sangue numa marquesa clandestina.

 

E ainda dizem que nós não temos assunto

- "Anda lá, vê lá isso para depois a gente fazer aquilo..."

 

O ex-libris da argumentação

Começar qualquer frase por Vamo´ lá ver uma coisa...

Sentem?
É o odor a credibilidade.

 

"Isto não é o que estás a pensar"

Manter um blogue enquanto se trabalha é como manter uma relação extra-conjugal.
E só eu sei o quanto não quero ferir sentimentos.

 

É p'ra manhã (variações)

"Marques Mendes defende referendo ao aborto apenas em 2006"

Sim claro, ninguém tem opinião formada sobre este assunto. Aliás, ninguém sabe muito bem o que isto seja.
Por outro lado, aposto que toda a gente compreende com clareza as alterações ao princípio da subsidiariedade que a constituição europeia pretendia introduzir, pelo que estoutro referendo podia até ter sido já hoje.

 

Só morre com a idade

A culpa é da vontade.

terça-feira, junho 28, 2005 

Coisas que se podem dizer sobre o que quer que seja

"Olha, ou é verdade ou é mentira."

 

Fim de Ciclo



O Barnabé cai aos pedaços.

No entanto, mesmo com estrutura descambante, o Rui Tavares ensinou-me o óptimo exemplo de aglutinação que é a palavra "sonsínico".
Sonsínico é aquela palavra que eu devia ter chamado a algumas pessoas que, por não me ter lembrado dela, ficaram sem a ouvir.

Obrigado, Rui Tavares.
Os meus posts de apologia de blogues nunca são muito longos, por isso não vou discorrer sobre a quantidade de vezes que o Barnabé foi sucedâneo de um jornal diário ou complementar na visão (declaradamente) parcial dos acontecimentos.
Fica apenas o desejo que dêem o último tiro no Barnabé, sem quezílias, com a dignidade que estes dois anos e tal merecem.

O fim é tão ou mais bonito que o começo:
"E quando o Barnabé chegou, toda a gente arrimou, toda a gente arrimou!"

E por alguma razão, qualquer ultrapassagem é sempre feita pela esquerda.

 

"Não me consumas mais"



Hoje somos Humanos no Coliseu dos Recreios.
De carne e osso e tecido orgânico.

 

Piloto automático III

Solteiro a dois

Escrever sobre coisas a dois é-me particularmente complicado (quanto mais não seja porque matematicamente o dois é mais complexo do que o um). As dificuldades começam na escolha das palavras: amor é uma palavra que me causa arrepios foleiros, pelo que fica aqui substituida pela ambígua locução "coisas a dois". Torneados os termos ficam os conceitos. Aqui há que ter um cuidado extremo: navegar por entre a atitude piegas e a atitude macho, visto que ambas me repugnam por igual. Esforçando-me por me manter afastado destas margens, começo inspirado por uma conversa com um amigo. Descrevíamos o processo de saída de relações complicadas. Primeiro aquela letargia estranha, o tudo sem sentido (um bocado piegas mas passa). Depois, e aos poucos, voltar a ter prazer com aquelas coisas que sempre nos fizeram felizes, como, por exemplo, um bom jogo de futebol, quer como espectador quer como praticante (um bocado macho, mas é para equilibrar). A terceira fase é fantástica: afinal conseguimos viver bem sozinhos. Somos felizes com tudo. Vemos a vida através de um filtro cor-de-primavera. Aqui chegados, restabelecidos e enérgicos, concluímos, ao fim de algum tempo: "epah, tenho de dividir isto com alguém"... ops...lá nos sentimos outra vez à procura de qualquer coisa. Fecha-se o círculo.
É aqui que entra o título. O que procuro é não mais nem menos que ser solteiro a dois. Não me perguntem exactamente o que isto significa, porque não sei. Apenas consigo adiantar que se encontrará perto de um ponto que resulte do cruzamento feliz entre o eixo "solteiro" (suave sensação de deambular sem destino) e o eixo "a dois" (suave sensação do sorriso cúmplice que antecede um beijo). Quando encontrarem avisem.

posted by Porfírio - Quinta Feira, 04 de Março de 2004

segunda-feira, junho 27, 2005 

Piloto automático II

(in)Definições de um dicionário enciclopédico.

Fiona Apple/1999

Sedução- s.f. acto ou efeito de seduzir, de induzir ao mal ou a erro por meio de artifícios, de desencaminhar ou desonrar valendo-se de encantos e promessas. Atracção, encanto, fascínio; tentação.

Desengane-se quem pensava que se tratava de um mero piscar de olhos, ou mesmo de um cruzar de pernas.
Consta que é algo... muito mais rebuscado que isso.

Quarta Feira, 02 Junho 2004

 

Piloto automático I

16:08, Sábado de sublime apatia (laisser faire...)

Levanta-te! Age! Tens um encontro marcado com a atitude. Imprestável. Não vais voltar a ficar apático, letárgico, amorfo, anedónico, passivo e pensativo, contemplativo e destrutivo. Não. Tu não. Tenho grandes planos para ti. Vais funcionar a mil à hora! Vais ser frenético, activo, afirmativo.

Sábado, 16 de Março de 2004

 

Bem vindo ao clube

"Indefinição preocupa Hugo Viana"

 

Somewhere in Texas...


... there is a village without it´s idiot.

 

Não foi só Abu Ghraib

“The stories they told were remarkably similar – terrible beatings, hung from wrists and beaten, removal of clothes, hooding, exposure naked to extreme cold, … …They all confirmed that all this treatment was by Americans … ... Several mentioned the use of electric shocks … some had this done; many saw it done”.
Notes of a US lawyer after meeting Kuwaiti detainees in Guantánamo Bay in January 2005



Vamos escrever a George W. e pedir a imediata cessação das torturas que emergem do Iraque, Afeganistão e especialmente a Baía de Guantánamo.
http://web.amnesty.org/pages/usa-260605-action-eng

Por questões de delicadeza única e exclusivamente formal, temos de usar "Dear Mr. President Bush".

 

Dylan

Este post lembrou-me uma passagem de uma entrevista a Bob Dylan que li há uns anos. Dizia qualquer coisa como:
"Oh yes, i remember writing that... But i was much older then. I´m much younger than that now.



Envelhecemos e rejuvenescemos a uma velocidade estonteante.
A minha idade é como um painel do velocímetro num tablier de velocidades descompassadas.
Neste momento, caminho para os 24 a 110 km/h, pela faixa da esquerda.

Ou acelero, ou vou acabar por ter de mudar de faixa.

 

Paliativos díspares

"So please,
Take what's left of this heart and use,
Please use only what you really need,
you know I only have so little so please,
Mend your broken heart and leave.

And please,
Let me take what´s left of your heart...and i will use,
i swear i´ll only use what i really need,
i know you only have so little so please,
Use only what you really need."

J.J. - On and On

sexta-feira, junho 24, 2005 

Hiato



Iggy Pop e Tom Waits/"Coffee and Cigarrettes" de Jim Jarmush - 2002

Temo que o assunto não chegue antes dos próximos três maços de tabaco e sete cafés.
De quando em vez todos ficamos um bocado bloggeados.
Nada para dizer, nada a apontar.
Sabem o que se diz quando se vê as mesmas pessoas três vezes no mesmo dia?
O que se diz quando já se cumprimentou, gracejou e bocejou?
Nada. Franze-se o sobrolho, apenas.
Este post é um franzir de sobrolho. Franzam-nos o sobrolho também.

 

Antítese Popular

Raramente à terceira se resolveu alguma coisa e, nas demais das vezes, nada se seguiu a uma segunda. A maior parte daqueles que esperaram fizeram-no em vão e os que realmente dormem de consciência tranquila fazem-no ao relento. Prefiro olhar para o que voa do que segurar nas mãos um punhado de pouca coisa. Devagar nunca cheguei onde quer que fosse e de pequeno não torci coisa alguma. Parte de quem tudo quis pode ter perdido, mas quem quis pouco, bem sabemos, é porque nada tinha nem nunca veio a ter. Deitar cedo e erguer do mesmo modo é coisa que não desejo a ninguém e, se a vida são dois dias, prefiro, seguramente, torcer do que quebrar.

quinta-feira, junho 23, 2005 

Identidade

Anonymous
Será impressão minha ou denoto alguma falta de assunto?


Pedro said...
Quando é que houve assunto?



Bom, não façamos disso um assunto sob pena de nos descaracterizarmos.

 

Truta fantástica

São três peixes e um Manuel que desovam escrita desde Setembro de 2003.
E eu, distraído, nem tinha reparado.
Agora, resolveram dizer que nós temos "verve e elegância" e nós ficámos acabrunhados.

Comprem uma cana e um anzol, tirem o chapéu de palha do fundo do baú e passem frequentemente por The Amazing Trout Blog.

Nós estamos por lá e o peixe morde.

 

Geometria Descritiva / Abstract thinking

Por vezes, acho que sou um ladrão de afectos.
Por vezes, acontece ir parar à prisão.

 

Outono do meu verão


Mas verão que não é Outono.

Imagem roubada, em pleno dia, ao turno da noite.

 

Dicionário de Novilíngua / Sete & Sismos

"Pena" deverá escrever-se "compaixão abstractamente justificada". A pena é um sentimento muito subvalorizado na sociedade hodierna. A pena é boa.
O Porfírio, por exemplo, gosta do estatuto de paciente (e do queixume). A pena recíproca, então, é fantástica. Sintamos pena e compreensão uns dos outros e uns pelos outros.

"Cinismo" derivará de pejorativo para qualidade. O cínico regozija-se motu proprio. O cínico não magoa ninguém, se for diligente a ser cínico.
"Cinismo" passará a "ridência interior onanista". O cínico, geralmente, tem um óptimo sentido de humor. Valorizemos o cínico. O cínico é geralmente sensível.
Nota: É possível ser cínico e ter-se pena, mas não ao mesmo tempo.

"Louco",como é óbvio, é qualidade de excepção. Escrever-se-á "desenquadrado para melhor".
A razão de ordem é autojustificativa. Para lá caminhamos e queremos reconfortar a chegada, mudando a conotação. A ténue linha que nos separa de devastar uma inteira sala de reuniões com um candelabro deve ser ultrapassada. Pela simples razão de que é mau viver na corda bamba. Até porque funcionamos todos em panela de pressão.
Nota: É possível cumular o cinismo.

 

Costela de Hipocondríaco



Obviamente não estava partida.
Mas na minha cabeça está.

 

Inverdades



Postsecret

quarta-feira, junho 22, 2005 

Oh break me a fucking give!!

Hoje, Bruxelas criticou as medidas extraordinárias utilizadas nos últimos três anos, pelo anterior Governo PSD/CDS-PP, que permitiram apresentar um défice público conforme o PEC, mas que "têm implicações orçamentais negativas".

O Ministério das Finanças assegura que o actual Governo não repetirá tal política, antes pretende adoptar "medidas estruturais" para baixar o défice de uma forma sustentada nos próximos anos
.

 

Este blog é

uma enorme crise de adolescência tardia.

 



In Postsecret

Alvíssaras ao João, do Meta, por ter descoberto isto.

 

Estado das coisas

O SETE tem recebido alguns elogios, aqui e ali.
Fundamentalmente, são elogios de amigos, amigos de amigos, primos, ex-namoradas, amigos de ex-namoradas e namoradas de antigos amigos, com quem se mantém contacto por terceira pessoa.
Somos também referidos algumas vezes, mas com um certo desdém, no blog "As coisas" e na Leitaria Dolores.
E sabemos bem que o Pacheco Pereira nos lê à socapa.
A todos agradecemos, com redobrada emoção, por aturarem as nossas pieguices e lamentações.

É por vossa culpa que, a espaços, tenho a nítida sensação que este grão de areia de blogue está...

...em estado de graça.

 

Ainda o ponto final

Há quem tenha a tendência de travestir o ponto final (certeiro) de reticências.
É acto falhado, aprendi.

Sou reticente relativamente a reticências.
Por mim, tenho por ponto de honra pôr um ponto final.

 

In Memoriam

Sabem uma coisa?

Tenho saudades do Desejo casar.
Mas, como o casadoiro TR chegou a escrever...
"Não há ferro que penetre o coração com a força com que o faz um ponto final colocado no sítio certo".

terça-feira, junho 21, 2005 

Seis & Sismos

Porque quem tem mais do que precisa ter, quase sempre se convence que não tem o bastante,
Fala demais por não ter nada a dizer.

 

Solstício

Entre mim e o Verão há uma gravata.

 

Hoje acordei assim


Temporada de Patos - Fernando Eimbcke/2004

"Hey, quem é que pôs marijuana no meu queque matinal??"

segunda-feira, junho 20, 2005 

Ando azedo

Estava a regressar a casa, pacato e metido comigo próprio.
Na Mouzinho da Silveira, cruzam-se comigo um trio de adolescentes.
Ela pergunta as horas aos outros.
Ele, todo pulseiras e cabelo longo escorreito, responde agressivamente, em tom de quem não tem conseguido o que queria com aquela:
"Porque é que não perguntas ao pintas da gravata?"

Respondi "Oito menos um quarto. E tu malandreco, se a vida te correr mal, talvez tenhas de vir a cortar o cabelo e a ter um emprego cinzento como eu."

Agora estou a remoer em duas coisas:
- Porque é que tive pouco poder de encaixe?
- Porque raio é que usei o adjectivo "Malandreco"?

Deixei-me influenciar pelo registo idoso do post do Porfírio.

 

No outro dia...

...vi uma t-shirt de um anónimo transeunte que dizia:
No Money
No Job
No girl
No dramas
No problems!


O tipo que a usava ia agarrado a uma loira espalhafatosa e preparava-se para abrir a porta de um carro topo de gama.
Tinha todo o ar de ter um trabalho desgastante e uma quantidade estúpida de problemas.
"Hipócrita", pensei.

Eu, coerente como Cunhal, só falho a alínea do trabalho (que tenho e me pesa.)
E segundo me disseram recentemente, também devia largar o drama.
O que, desde logo, foi dramática cousa de se ouvir.

 

E

digo, aos que teimam em fazer hoje o que pode ficar para amanhã, que estão a pôr o carro à frente dos bois.

 

Levantando o nome de Portugal bem alto



Respondendo aos rumores de dispensa por parte da Jordan-Honda, Tiago Monteiro cortou a meta um lugar à frente do antepenúltimo, no recém realizado Grande Prémio dos EUA.
That´ll show them!

 

Interregno explicativo

Como resultará evidente da nossa lista de links, privilegiamos blogues de índole introspectivo e frases curtas, o que, desde logo, é o nosso apanágio.

Com a veterania veio o critério e com o desencanto... a constatação que de bom, pouco há a dizer.

 

Turbo-bloguistas

É prática corrente que Professores universitários consagrados dêem o seu nome para integrar o corpo docente de Faculdades Privadas, em troca de bom dinheiro.
Contudo, nunca lá põem os pés e vão apenas granjeando prestígio e engordando o rendimento. São Turbo-Professores.

Rendimento à parte, aqui diz isto:
Notas & Apontamentos. [Pedro Lomba, Pedro Mexia e Francisco José Viegas] foradomundo@oninet.pt

Desafio qualquer um a procurar uma letra que seja, escrita, nos últimos tempos, por algum dos outros que não o altruísta Pedro Mexia.

...Que sempre, qual Maradona em Argentina dos "Oitentas", vai valendo pela equipa inteira e "carregando o piano".

 

No dia de hoje...

...deparei-me com duas frases, de autores diametralmente opostos e significados, para mim, (co)incidentalmente semelhantes.

"Par delicatesse, j´ai perdu ma vie" - Rimbaud

"I was busy finding answers while you got on with real life" - Badly Drawn Boy

 

Estado das coisas


Cassandra / "Troianas"

Este blogue encontra-se quieto e muito, muito contemplativo.

sexta-feira, junho 17, 2005 

Sem acentos,

A palavra esdruxula fica tao grave quanto a palavra aguda.
As coisas que a necessidade nos revela.

 

Amanha,

arrastem os gajos e as gajas do Martim Moniz para a praia!

 

Taxi Driver /1976


Robert DeNiro / Travis Bickle

"You slowly become your job..."
and then you snap!


O outro céptico dirá que a perspectiva peca por demasiado dramatismo.
E terá razão.
Eu curto associações.

 

Só para alguns

Ian Curtis

Joy Division

 

Umbiguismo

Um mau hábito...
Especialmente mau para quem não tem estômago para o aguentar.

 

Vou convencê-lo a escrever no SETE



Larga a TVI, Miguel. Larga o Público também.
Não tens perfil. E és um de nós.

quinta-feira, junho 16, 2005 

Síndroma de Estocolmo

Agrada-me que gostes da mesma música que eu, que não te rendas ao moderno.
Agrada-me o teu glamour amarfanhado, agrada-me a tua sensualidade camuflada, o teu toque de soslaio, a tua arrogância crême de la crême. Agrada-me que fumes o cigarro até à ponta. Agrada-me que nunca olhes para baixo. Agrada-me o teu passo decidido e no entanto frágil. A cor garrida do que vestes, agrada-me o teu cabelo apanhado. A tua raiva contida. A tua posse de ti própria. Agrada-me o teu sentido do teu. Agrada-me o teu peito. Agrada-me que nem por uma única vez te arrependas de te arrepender de tudo o que fizeste de errado.
Agrada-me a tua história. Como cortas a direito.
Agrada-me que insistas e gostes de mandar tudo e todos, numa cadência constante, à merda.

E como tu, agradam-me todas as a ti iguais.

O problema é meu.

 

Desabafo conclusivo de um não operário que lê

O que eu curto é acartar coisas.

 

Espaços

Sou um tipo a espaços, intermitente e descontínuo. Limitando-se a minha continuidade à constância do seu antónimo, os desalinhos, que por aqui vou deixando, são consequentemente espaçados. Assim, a ferquência do que aqui escrevo tem a regularidade das cruzes marcadas num cartão de bingo infeliz. O Pedro, esse, tem todos os números do mundo.

 

E há coisa melhor que apoiar quem (paulatinamente) vai caindo em desgraça?

 

Sensibilidade e bom senso

A luta continua, a luta continua – gritavam eles.
Mas que luta, rapaziada? Que luta?
Houve dois tipos de pessoas que foram ao funeral de Cunhal: os que encontraram um expediente para interromper o trabalho; e os que foram gritar a luta continua a luta continua. Estes segundos, também podem ser chamados de comunistas.(...)

A luta não continua nada pá, deixem-se de palhaçadas…In Lóbi do Chá

Esperava um pouco mais de JCS que esta generalização gratuita.
Se é o vocábulo "luta" que impressiona os sensíveis ouvidos da direita, tudo bem... Até estou mais farto de ouvir "Grande Capital".
Mas não me peçam para não me atirar ao ar, de cada vez que ouvir "conservador", "tradicionalista", "patriota", "disciplina", "a nossa gente mete-se com brios".
É que passei quase três anos a ouvir e não estrebuchei (se calhar porque não traumatizo o que não conheci).

Grosso modo,e sem conotações, todos aceitamos disciplina. Aceitem a luta.
Menos susceptibilidades às conotações, por favor. Senão a gente não se entende.

 

Muitas vezes me engano...

...e não raro, tenho dúvidas.

Será que era nisso que André Malraux estava a pensar, quando falava em condição humana?
É melhor ler o livro.

 

Ponto de viragem



Editado a 10 de Setembro de 1996, quando eu contava 14 musicalmente ingénuas primaveras.
Estava em plena época (própria) de Clash, MC5, Ramones e Sex Pistols. Pouco mais rodava no meu walkman. Hoje (ainda e sempre) só me sobram os Clash. Sempre os Clash.
Provavelmente só comprei este album porque, após as centenas de horas que antes de dormir cantarolei, em género de solilóquio, o "Nightswimming" do Automatic por the People, esperava uma re-indentificação com a música dos R.E.M. e abrir o meu género musical.
Mas, no fundo, tinha a premonição que seria intemporal e de muito uso no futuro. Especialmente a faixa n.º 6, "leave". Acho que acertei.
Michael Stipe atingiu o pico. E depois, como todos os que o atingem...desceu.
All songs by Berry, Buck, Mills, Stipe. ©1996.

 

Fico à espera da Comunidade Internacional

A auto-proclamação de Kumba



Mesmo com o apoio das forças armadas guineenses e do Supremo Tribunal de Justiça, o retorno de Kumba Ialá vai ser longe de pacífico.
O Supremo decidiu baseado em que qualquer acto político assenta numa manifestação de vontade. E, como tal, padece de vícios.
Como não custa a acreditar, Kumba terá sido efectivamente coagido a abdicar da presidência da república da Guiné, em pleno golpe de Estado. Daí a retirar a legitimidade para voltar e cumprir os dois anos que lhe restavam, foi um saltinho. Juridicamente não parece haver nada a apontar.
O problema é que daqui à guerra civil também vai um saltinho. Kumba governa com um apoio étnico específico e não é querido pela população restante. A política não deve nortear a justiça, atenta a separação estrita entre os dois poderes. Mas isto ainda vai dar asneira para aqueles lados.

Provavelmente, o melhor teria sido agarrarem-se à legitimidade revolucionária do Golpe de Estado e o seu efeito de "zerar" a legitimidade política de Kumba. Não que eu acredite piamente nesse efeito revolucionário.
Mas a Guiné só teria a ganhar. E como bem se sabe...nestas coisas, a Guiné é que fica sempre a perder.

quarta-feira, junho 15, 2005 

É o Ditirambo


Largo de Santo Antoninho - Bica / Santos de Lisboa / 12/06/2005

Fotografia roubada à Praia, que a roubou ao Céu sobre Lisboa, que se aproveitou de um tal de Pedro Ornelas, que a tirou.
Mas eu mereço roubá-la, pela simples razão de que apareço nela. E os outros não.

Ditirambo. Trágico. Uníssono.
Quem lá esteve sabe que tudo na vida é um pau de duas bicas.

 

Anti-depressivo

 

A bola é minha e digo já que assim não brinco

"Para evitar mais rejeições
Durão Barroso apela a pausa nos referendos à Constituição europeia"

 

Um brinde à aceitação

Não carrego mais a esperança de ser jogador de futebol: o João Moutinho tem menos seis anos do que eu. Para me confortar, relembro o Liedson, que foi caixa de supermercado até aos vinte e poucos e o outro, o Edmilson do Salgueiros, que era contabilista. Ora, não vale a pena. Não vou ser. Já passou. Digo jogador de futebol porque brinco às sinédoques. O todo é aquela arrogância adolescente de quem julga que vai ficar para a história ter dado lugar a um sorriso amarelo. Percebe-se cedo, interioriza-se no entanto mais tarde, que a rotina anónima vai preencher o lugar da imortalidade sonhada de deixar qualquer coisa. Tem de ser assim, vai ser assim para quase todos nós e, paradoxalmente ou talvez não, é a única forma de vivermos todos menos mal. Aqui chegado podia sempre carregar meia dúzia de frases do Paulo Coelho por debaixo do braço e deixar-me estar, fútil e tributável. Certo, deixo-me fútil e tributável, porém, levanto bem alto o braço onde seguro a garrafa de super bock, deixando cair os disparates do Paulo Coelho que nunca carreguei, e brindo à imortalidade enquanto viva.

 

De noite acordei assim

Hoje sonhei que era um artista. E sonhei com sirenes, sirenes com uma estridência obsessiva que dilaceravam os ouvidos.
Sonhei com todas as minhas palavras preferidas: estilhaço, pecado, grito, rasgado, derradeiro, velocidade, promessa e desnorte.
E eu era o artista na ambulância.

terça-feira, junho 14, 2005 

Sempre há bom senso no diariodigital.pt

Cunhal foi dos maiores portugueses de sempre. Maior na grandeza, no patriotismo, no intelecto, na resistência, na luta, no labor. Da política à cultura. Defendeu sempre as suas ideias e princípios sem se ajoelhar. Concorde-se ou não com os mesmos ou com as suas aplicações, essa natureza é algo que deve ser passado para as gerações futuras. À sua maneira e com a sua fé, mesmo sendo ultrapassado pelas mutações sociais da Perestroika e o sentido renovador do comunismo, também ele tentou tornar este mundo menos confuso. Tal como Eugénio de Andrade. O poeta que um dia escreveu:

«O outro sabia.
Tinha uma certeza.
Sou eterno, dizia.

Eu não tenho nada.
Amei o desejo
com o corpo todo.

Ah, tapai-me depressa.
A terra me basta.
Ou o lodo.»


Filipe Rodrigues da Silva

 

A importância de um contexto

Nada me parece mais distante do café bebido sobre a praia no sábado, do que o café sorvido hoje em frente à máquina que faz um barulho enervante. Alías, podia até jurar que beber e sorver são tão antónimos como as sextas e as segundas.

 

Aumenta a dosagem de realidade diária

Sem imperiais, sem bikinis, sem areia.
A única praia a que vais poder ir, nos próximos tempos, é a ponto blogspot... ponto come!

 

Princípio compensatório

"Isto vai, camaradas, isto vai...", dizia o Poeta, noutro contexto.
Há de se dar a volta à vida.
De ora em diante, tudo o que disser é precedido por "Sabes, por tudo o que tenho passado ultimamente, mereço que..."
A verdade é que é a pura auto-inflição injustificada de comiseração, sobreposta à verdade de que também...bom, nem tenho passado por nada de especial. Lá isso...
No entanto, nada objectivamente, resta-nos sempre o sentido do (nosso) mundo justo. Esse sentido que nos leva a fazer uns quantos desvios ao trilho e a dizer "Por tudo o que tenho passado...".
Vingarmo-nos da vida com uma farta dose de sarcasmo pode ser extremamente compensatório. Seja sorrir a meia cara, responder temperamentalmente, abusar de comentários jocosos, prosseguir o hedonismo, viver mentiras, retaliar, tudo, muito basicamente, não querendo saber.
O meu amigo Javi (que também tem passado por muito), agitando a canadiana que o apoia, em direcção à atmosfera, dizia, ainda este pretérito fim-de-semana:
"Hombre, tienes que ser tan perverso con la vida como la vida es perversa con tu proprio. Eso es mi lema. La vida es putissimamadre"
Tenho muito a aprender contigo, Javi. Mesmo que a vida não seja bem assim tão perversa. Aliás, trata-se exactamente do não querer saber.
Aliás, nem querer saber, sequer, do grau de perversidade objectiva da vida.
Certo, Javi?
Muy bién, tio...Venha tudo a que tenha direito.
A vida é a minha próxima vítima.

segunda-feira, junho 13, 2005 

Além de tudo o resto...

...o único com quem, invariavelmente, qualquer pseudo-notável da nossa praça política perderia uma discussão sobre a actualidade do marxismo-leninismo.
Cunhal também era isso, a argumentação sólida e impenetrável.
Era o terror no debate político, mesmo defendendo o que a maioria considera ter pés de barro. Cunhal sempre defendeu e sempre ganhou.

 

Por ora...


...relembro os teus olhos, de luta, de paixão, de arte e de humanidade.
E quem disse que assim não podia ser?
Mais tarde, quando me achar capaz, talvez procure a pretensão de escrever algo sobre ti, o que foste e como foste.
Adeus, a ti, que mais que camarada ou Dr., sempre foste como querias ser, sempre foste Álvaro.

Álvaro Cunhal (1913-2005)

sexta-feira, junho 10, 2005 

Who cares anyway?

Eu volto, feito domador da preguiça.
Antes, porem, tenho que descobrir porque nao tenho acentos e, sobretudo, de cortar este cabelo.

quinta-feira, junho 09, 2005 

Essa é que é essa.

"Sabes pá, tudo na vida é um pau de dois bicos."

quarta-feira, junho 08, 2005 

Procura-se

*O MEU BOM SENSO.*

1 - Fugiu de casa, de há uns meses a esta parte.
Tem o seguinte aspecto:
- Barba branca e ar experiente e seguro de quem já resolveu questões bicudas no passado e sempre se saiu bem.

2 - É necessário para a resolução de um determinado número de questões/problemas, ultimamente suscitadas na vida de quem o perdeu.

3 - Oferece-se avultada recompensa a quem o encontrar.

Obrigado,

O dono.

 

Até logo, Capitão



Vou pensar no que irei fazer mas em Portugal não jogarei em mais lado nenhum.

Pedro Barbosa não renovou contrato com o Sporting, mas não tomou ainda a decisão se vai terminar a carreira. Sem nunca ter sido uma figura unânime no universo sportinguista, a verdade é que o seu talento ímpar, aliado à liderança que, nos últimos anos, assumiu no balneário verde e branco, fazem de Pedro Barbosa uma referência incontornável do projecto que devolveu o clube à rota dos títulos.

Nunca irei a Alvalade com outra camisola que não a n.º 8.

terça-feira, junho 07, 2005 

Mudança de paradigma (sem embraiagem)

Quero o mundo inteiro num ringue de boxe para andar à porrada comigo.
Isto anda a prolongar-se, por isso vamos decidir a questão, de uma vez por todas.

Se eu ganhar, o mundo paga-me uma imperial.
Se o mundo ganhar, pago 3 biliões de imperiais.

 

Lenda da volatilização

Questão:

Não havia outro céptico a escrever neste blogue?

Resposta:

Sim, havia. Faz já muito tempo, em épocas de Reis e Fadas, este blogue era escrito a dois.
Reza a lenda que esse céptico, certo dia, fez as malas e rumou à Lituânia. Tendo apostado no mercado de Leste, nunca mais ninguém o viu. Supostamente abriu um boteco em Vilnius ou Kaunas.
Foi visto perto de Minsk com um barrete soviético, acompanhado de duas loiras e um caniche, dentro de um Citröen Dois Cavalos. Ao longe ainda berrou:
Vida malvada, nunca mais!

 

Desintethyzed

Oh meu estado de inebriação química, fumo e vinho tinto, a meia-luz.
Acompanho as tuas duas e aposto mais três. Subo, acompanho, subo, acompanho e pago para ver.
Tenho um full-house, três damas e dois valetes.
Sim, tens razão, uma dama não conta. Essa dama não vale. Está fora.
Mas não falemos mais nisso. Perdi ou ganhei?

segunda-feira, junho 06, 2005 

Sweet and Lowdown


Sean Penn & Woody Allen - 1999

"I am the world´s...second best Jazz Guitar player"

 

A plateia invisível

A minha prima, sábia como poucos, explicou-me o conceito de "plateia invisível". Agora, onde via algumas pessoas com necessidade de validação externa (superior à normal), apercebi-me de inúmeras plateias invisíveis.

Até que ponto é que, na realidade, muitos de nós, homens feitos, já ultrapassámos a idade do centro do mundo e da plateia invisível?
Quantos de nós já fizemos 14 anos? Quantos de nós ainda agem em função de(...)?
Quando e porque, ao fim e ao cabo, ninguém quer saber.
Tudo tem mais que fazer e ninguém compra bilhete para o espectáculo que estreia na cabeça de quem tem plateias invisíveis.

 

Oxímoro de perspectiva

- "Oh, isso é só na tua cabeça."
- "Claro, é tudo na minha cabeça."

 

Popperianos de todo o mundo, uni-vos.

Quem é que ainda não adquiriu um certo gosto pelo erro bem cometido, o arrependimento e o desvio na hora errada?

 

The allienation of Travis Bickle


Robert DeNiro no vencedor da Palma de Cannes "Taxi Driver" - 1976

domingo, junho 05, 2005 

Domingo, 17:30 pm - discurso directo

"Mas que dor de cabeça é esta?
Ao domingo, sinto-me frágil, vulgar e ordinário. O propósito é conseguir arrastar-me ao Ben-U-Ron mais próximo, sem cair ou chocalhar o cérebro..."

Intervalo para queixas. O bom senso regressa dentro de minutos, pelo jantar.

sexta-feira, junho 03, 2005 

Fase de Inquérito



Tyler Durden - Historic Carachter...if you could fight one, who´d you choose?
Narrator - Dead or Alive?
Tyler Durden - Don´t matter.
Narrator - I´d take on Gandhi.
Tyler Durden - Ha Ha. Good Answer.

Eu atirava-me desabridamente e com violência de dentes cerrados à Padeira de Aljubarrota.
Temos contas a ajustar.

Vocês?

 



Tyler Durden - You have to consider the possibility that God does not like you. In fact, he might hate you.
We´re God´s unwanted children. So what? We don´t need him.

Narrator - So then I became the centre of the world...

quinta-feira, junho 02, 2005 

En marge

CDS-PP defende criação de um "dia nacional da criança por nascer"

2005-06-01, 14:45
Lisboa, 01 Jun - O CDS-PP propôs hoje a criação de um "dia mundial da criança por nascer" com o objectivo de sensibilizar a opinião pública para a necessidade de o Estado dar protecção legal à "vida humana e intra-uterina".
"Em pleno século XXI não se pode aceitar que a eliminação da vida de seres humanos ainda não nascidos seja encarada como escolha válida e admissível", defendeu o porta-voz do partido, Paulo Núncio, em conferência de imprensa na sede do CDS-PP, em Lisboa.
Considerando que "falar em aborto" no Dia Mundial da Criança, que se assinala hoje, "é desajustado", Paulo Núncio argumentou que o objectivo do CDS-PP "é fazer pedagogia pela positiva" numa questão "de direitos humanos".
"O CDS-PP reafirma a sua convicção que esta é uma questão fundamental de direitos humanos e de defesa dos mais fracos e vulneráveis", disse, sem esclarecer se a proposta para institucionalizar o "dia nacional da criança por nascer" será apresentada no Parlamento"


O timing é perfeito.
Está na ordem do dia (há séculos que está na ordem do dia) a realização de um referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez.
O relevante, neste ponto, é que a questão é socialmente debatida e debatível.
Mas o CDS pretende avançar com uma proposta da criação de um "dia nacional", vulgo, a coisa mais institucionalizadora que há.
Dias nacionais comemoram ou relembram eventos ou causas/ideiais pacíficos.
Conscientes, naturalmente, da complexidade da questão e da divisão da população, relativamente a esta, os populares prentendem avançar com a proposta.
Cabe-me dizer que ou este Paulo Núncio (prefiro a identificação pessoal, ao invés da partidária) vive totalmente à margem da sociedade (que não creio possível), ou tem um total desrespeito pela opinião pública e o pluralismo político-social ou, basicamente, pretende marcar posição. E a posição já está sobejamente vincada, obrigado.

Todavia, a questão não é pacífica, longe disso, como bem se sabe.
E esta proposta trata pura e simplesmente de instrumentalizar o "dia da criança", do qual são, pelos vistos acérrimos defensores, a esta suposta "sensibilização" que se pretende institucionalizar. Este núncio é vítima, portanto, do que critica.
O cúmulo é a auto-confissão do mesmo. Diz:
"Falar em aborto" no Dia Mundial da Criança, que se assinala hoje (ontem), "é desajustado", Paulo Núncio argumentou que o objectivo do CDS-PP "é fazer pedagogia pela positiva" numa questão "de direitos humanos" .
Nesta linha de raciocínio, falar em aborto valerá apenas para quem defenda a sua despenalização em vários casos. O CDS (que parece ter importado a pretensão de mais altos patamares morais, que já reconheci ao Bloco de Esquerda) não fala em aborto no Dia Mundial da Criança. Fala apenas em "não se poder aceitar que a eliminação da vida de seres humanos ainda não nascidos seja encarada como escolha válida e admissível." Pedagogia pela positiva, portanto. Sem qualquer referência à questão unilateral do aborto, imagine-se.

Dois pesos, duas medidas, cautelas vocabulares, relativismo moral e o mesmo populismo. O bom e velho PP, hábil a extremar posições, está para ficar.

Pergunta:
Como reagiria o CDS a uma proposta, apresentada no Parlamento, do Dia Nacional da Escolha e Autodeterminação feminina, por ocasião do Dia Mundial da Mulher?

Resposta:
Mal, muito mal. Tu quoque, CDS?

quarta-feira, junho 01, 2005 

Tu quoque, PS?



Tanto foi apontado ao PSD, mas à primeira hipótese, temos uma nova fornada de supostas relações de confiança.
Fernando Gomes não tem experiência absolutamente nenhuma na área do petróleo e do gás natural.
Mas provavelmente tem uma (suposta) carreira no PS, que justifica a nomeação para administrador executivo da Galp Energia.
Uma plaquinha de "bom socialista"? Não chega.
Uma menção honrosa? Não basta.

Por isto não votei PS.


Post Scriptum - Is it just me, ou ele tem ar de vendedor de sabonetes com o cabelo acachapado e aquele ar demasiado lavadinho?

 

Alerta dado

Há um céptico na Letónia!

Vá, sê sincero. Tu não vais mesmo voltar, pois não?
Fica-te e aposta numa carreira de basket. Aqui respira-se mal.

 

Renovem o Pedro



...mais um anito. Antes que eu comece uma petição "Não Abandones Barbosa", que provavelmente só será assinada por mim.
Só mais um ano.

  • PML
  • PM

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