« Home | Desabafo conclusivo de um não operário que lê » | Espaços » | E há coisa melhor que apoiar quem (paulatinamente)... » | Sensibilidade e bom senso » | Muitas vezes me engano... » | Ponto de viragem » | Fico à espera da Comunidade Internacional » | É o Ditirambo » | Anti-depressivo » | A bola é minha e digo já que assim não brinco » 

quinta-feira, junho 16, 2005 

Síndroma de Estocolmo

Agrada-me que gostes da mesma música que eu, que não te rendas ao moderno.
Agrada-me o teu glamour amarfanhado, agrada-me a tua sensualidade camuflada, o teu toque de soslaio, a tua arrogância crême de la crême. Agrada-me que fumes o cigarro até à ponta. Agrada-me que nunca olhes para baixo. Agrada-me o teu passo decidido e no entanto frágil. A cor garrida do que vestes, agrada-me o teu cabelo apanhado. A tua raiva contida. A tua posse de ti própria. Agrada-me o teu sentido do teu. Agrada-me o teu peito. Agrada-me que nem por uma única vez te arrependas de te arrepender de tudo o que fizeste de errado.
Agrada-me a tua história. Como cortas a direito.
Agrada-me que insistas e gostes de mandar tudo e todos, numa cadência constante, à merda.

E como tu, agradam-me todas as a ti iguais.

O problema é meu.

Isso não me parece nada dramático. Talvez demasiado romântico, o que, num céptico, não se estranha.

Jorge

Enviar um comentário