sexta-feira, abril 29, 2005 

Pete & Sismos

É não sem uma pontinha de orgulho que vos digo que este blogue vai ter uma secção de petições.

É não sem uma pontinha de orgulho que vos digo que este blogue não vai ter música ambiente.

Somos old school.

 

Não pagamos.

"Porque no nosso país existe uma cultura de aceitar sempre aquilo
que está errado, foi criada uma petição, que irá ser enviada à
Assembleia da República, visando pressionar as concessionárias das
auto-estradas a suspender ou a reduzir de forma significativa o custo
das portagens quando os lanços se encontram em obras, como é o caso
actual da A5 e da A1.

Pretende-se reunir um número significativo de assinaturas, de
forma a dar uma maior base de pressão a esta petição, embora todas as
assinaturas contem, da 1ª à última."

A petição electrónica encontra-se disponível no seguinte endereço:

http://www.petitiononline.com/portagem/

 

Confrontação

"Ver o mundo de dentro para fora é melhor que ver o mundo de fora para dentro. Tens de aprender a ver o mundo de dentro para fora."
Disse-me alguém, cuja opinião prezo, há muito tempo.

Eu aprendi a lição e agora tenho de dizer a quem mo disse, mas já não pensa assim:
"Terrível é ver o mundo de dentro para dentro. Não se vê nada. Não se sente nada. Tens de reaprender tudo outra vez."

 

O Senhor não pode falar disso!

Ia de táxi, pela Av. da Liberdade, numa das minhas muitas deslocações pela urbe, enquanto decorria, via rádio, o debate parlamentar sobre a reforma de Justiça.

O Deputado Francisco Louçã discorria sobre o elevado valor das custas judicias em processo de trabalho, que constitui um perigoso entrave ao acesso da justiça por parte dos trabalhadores.

O meu taxista, após ter exclamado "Olha-me este!" quando atentou no deputado que pedira a palavra, disse:

"Bom, bom, bom, bom...a verdade é que o Salazar deixou cá 700 toneladas de barras de ouro. E agora, hã? Onde é que elas estão, hã?"

Perguntei-lhe se achava que tinha sido o Louçã que tinha roubado o ouro.
Não me respondeu, mas o franzir da sobrancelha foi em jeito de anuência.

Questionei-me em quantos mais mil assuntos este taxista teria já usado a deixa, sempre relevante, das "700 toneladas de barras de ouro"...

 

Cai um por um até à final de Alvalade



Sporting - 2 (Douala, Pinilla); AZ Alkmaar - 1 (Lanzat)

Falta um jogo para a final!

quinta-feira, abril 28, 2005 

Portfolio de qualidades

INÊS TEOTÓNIO PEREIRA é mulher do Salvador, cunhada do Zé, irmã do João, sobrinha do Nuno, sobrinha-neta do Pedro e mãe de três rapazes lindos. É ainda amiga do Paulo Mascarenhas, do Henrique, do Rodrigo e do Jacinto. Conheceu esta gente toda durante os anos em que trabalhou como jornalista n’ O Independente, no Euronotícias e na editora Volta ao Mundo. Já os conhecia a todos quando foi trabalhar para o gabinete de Paulo Portas. Não completou os cursos de Direito e de Ciência Política mas garante a pés juntos que ainda vai acabar um deles. Tem aversão a feministas e é absolutamente democrata-cristã.

Convidada acidental n´o acidental (O blogue que a direita gosta de ler quando a edição semanal do Independente já foi toda vendida)

Como é que pode uma mulher nutrir um sentimento tão forte como "aversão" pelas feministas?
Será falta de conhecimento do movimento "Sufragette"? Será imposição ou convenção imposta pelas figuras (exclusivamente) masculinas que a rodeiam? Expliquem-me!
Afinal é mulher do Salvador, cunhada do , irmã do João, sobrinha do Nuno, sobrinha-neta do Pedro e mãe de três rapazes lindos. É ainda amiga do Paulo Mascarenhas, do Henrique, do Rodrigo e do Jacinto.

Mais que muitos amigos meus, a Inês é que precisa de uma mulher na vida dela.

quarta-feira, abril 27, 2005 

A Empatia



É bom saber que os poucos que lêem são tão constantes como os dois que escrevem.

 

Hoje acordei Jammin´



A primeira coisa que ouvi no rádio despertador foi:
"Have no fear for atomic energy, ´cause none of them can stop the time..."

Sabem aquele género de frases que descansam, que dão conforto?

terça-feira, abril 26, 2005 

Cohen Nobel



A CBC (Estação de Rádio Canadiana equivalente à BBC Londrina) está a liderar uma campanha para a atribuição do prémio Nobel da Literatura ao cantautor Leonard Cohen.

Cohen é escrito como "um poeta universal de uma forma que não consigo imaginar ninguém a sê-lo desde, talvez Homero, na tradição ocidental" por Paul Kennedy, promotor da ideia.

Porque passei grande parte da minha vida a ouvir Leonard Cohen, porque descreve o que todos já sentimos, mas não temos instrumentos para descrever, porque canta a mulher como nunca ninguém antes conseguiu cantar e porque nós aqui no SETE (pelo menos eu) gostamos de velhos...

Seguir-se-ão mais notícias relativamente à campanha do Nobel de Literatura para Leonard Cohen.
Agradeço que quem souber/encontre à venda livros da sua autoria (especialmente Beautiful Losers - de 1966), me diga qualquer coisa por email, comment ou sms.

 

Hoje acordei Mastim



Napolitano e com os dentes de fora...

 

Picking up where others left off

Se o Chico trabalhasse num escritório de advogados teria escrito:

"O malandro, na dureza, senta à mesa
do escritório.
Faz umas cartas e uns memorandos,
Vai ao Cartório,
ali ao pé,
Não tem planos, só gravata,
Com a mancha do café,
Pensa um pouco, que desgraça,
Não acha graça
E dá no pé!"




O nome da ópera era diferente...

 

Por outro lado,

se o Gilberto Gil fosse o músico dos burocratas, teria ritmado outros versos:

"allô torcida do Flamengo, com os melhores cumprimentos"

 

Se eu fosse o Gilberto Gil dos burocratas,

escreveria cartas assim:

Exmo. Senhor ......

Conforme solicitado, ..................

Aquele abraço

Porfírio Moreira

 

Mundo com preço, cabeça a prémio - versão 2.0

Eu não fui feito para sufocar nesta realidade.
Pelo menos, não agora...
Marquei data para saltar fora. Chamemos-lhe um pequeno mergulho para fora do barco.
Até lá sustém-se a respiração, Porfírio.

Arranca o preço, salva a cabeça.

sábado, abril 23, 2005 

Perguntas de um fumador que não sabe se quer ser ex

Continua a valer a pena o pôr do sol?
E o gin tónico?
E a esplanada?
E o tinto a dois?


E o que faço sem dois dedos de conversa por entre o tchcc do isqueiro?
E sem um sorriso ao ritmo do fumo que se expira?
E sem a pausa de cinco minutos em que, mandando o mundo às urtigas, acreditamos ser quem não somos?
E sem tornar a espera em momento?

Acendo, não acendo...

sexta-feira, abril 22, 2005 

Deixo a luz acesa...

...mas vou de fim-de-semana.

A lâmpada fica em incandescência para quando voltar.

 

Vício de continuar frases (3 de seguida)

E junto ao rio lambemos as nossas feridas, demasiado humanos, desejosos que rapidamente cicatrizassem e que ficasse marcado no corpo o documento maior da prova que passámos pela vida e temos selo e certificado. E queremos respeito.

E eu?
um liberal animado,
boneco encrustado,
malfeitor enganado,
um mal entendido,
um risco corrido,
beijo fugido,
Em dias de sol,
sou um peixe no anzol...

Nicotina menina aspirina.
Como eu lhes faço, fazem-me todas mal à saúde.

 

Não comentamos

-"Ah, escreves num blogue...E é sobre quê?"
-(silêncio)
-"Mas é político?
-(silêncio)
-"Ou é pessoal?
-(silêncio)
-"Sobre alguma coisa deve ser..."
-(silêncio)

Este blogue é qualquer coisa.

quinta-feira, abril 21, 2005 

Mundo com preço, cabeça a prémio

Procurem a etiqueta na parte de trás de qualquer coisa que exista.
Descobri a nova lei de Lavoisier:
"Tudo se vende, tudo se compra, nada se mantém."

E quanto tempo é que eu demoro a sufocar nesta realidade?
Pior. E se eu não sufoco? Que vai ser de mim?

 

Sem título

E por falar em distante
esse teu semblante, constante...
E por falar em medo,
do desfecho do enredo,
enredo que nasce do medo,
medo que já foi esquecido, despido
destruído, revolto, quebrado
despido? despido fui eu contigo,
Rasgar as páginas de um livro
e escrever um novo livro

E se me desdigo?
Não me desdigo. Não me desdigo contigo.
E por falar em promessa.
Promessa da pressa,
Sem pressa...
E por falar em momento.
Só por falar em momento.

quarta-feira, abril 20, 2005 

Hoje acordei afim



Como eu não sei rezar, só queria mostrar meu olhar... meu olhar...
meu olhar...

terça-feira, abril 19, 2005 

Pôr o quotidiano em dia,

é uma daquelas coisas que, apesar de linguisticamente estranha, existe.

 

Fumo branco no Vaticanco

Ratzinger? Policarpo? Ratzinger? Policarpo? Ratzinger?
Não estava tão nervoso desde o festival da Eurovisão de 89.

Sim, o dos Da Vinci.

 

At 11:57 PM, Anonymous said...

"a população de matriz católica também tem sentido de humor!"

Se não tivesse, não davam pequenas marteladinhas na cabeça do papa enquanto lhe perguntam se está a dormir, como manda a tradição...

Corrijo:
Afinal há mesmo um estranho sentido de humor.

segunda-feira, abril 18, 2005 

Júlio Godinho

Só para confirmar:




Eles são a mesma pessoa, não são?
Nunca os viram juntos, pois não?
Os óculos,os óculos não enganam ninguém, Sérgio Machado Vaz!

 

"Vou ser a mesma pessoa lá dentro que sou cá fora"

Foi o que disse D. José Policarpo, à entrada para o conclave, tendo-se confessado ainda fã do primeiro Big Brother, em particular de Marco. O patriarca espera ainda que esta experiência mediática lhe "abra portas ao sonho de infância: ser vocalista de uma banda pop".

domingo, abril 17, 2005 

Porque hoje é domingo,

vou beber uma caipirinha a enganar o calendário.

 

A vida de um céptico sem carro...

...é igual a um lápis partido.

It´s pointless.

 

O-café-do-fundo-da-rua

O-café-do-fundo-da-rua que é entrecortado por um talho,
O-café-do-fundo-da-rua onde o Zé, que faz dois turnos, é guarda-redes ao fim de semana,
O-café-do-fundo-da-rua que está aberto até tarde,
O-café-do-fundo-da-rua onde o balcão é divã da locura urbana não catalogada que emerge e imerge de um qualquer digestivo,
O café-do-fundo-da-rua que tem a esplanada numa arcada,
O café-do-fundo-da-rua a que vou quase sempre sozinho,
O-café-do-fundo-da-rua que me viciou em café queimado.
O-café-do-fundo-da-rua onde vejo vinte minutos do boavista - beira-mar,
O-café-do-fundo-da-rua em cuja paragem é sempre a caminho de qualquer coisa,
O-café-do-fundo-da-rua em que o passado se cruza,
O-café-do-fundo-da-rua que tem qualquer coisa de "Leitaria Dolores",
foi hoje cenário de um qualquer produto da ficção nacional e os seus cinco minutos de fama foram mais merecidos do que os de qualquer participante de um qualquer reallity show.

sábado, abril 16, 2005 

"Will you still love me, when i´m sixty four?"


Lou Reed & Moby

Não lido muito bem com o sentimento global de envelhecimento. Não tenho medo de crescer, nem nunca tive complexos de "petit prince".
Bem vistas as coisas, nem de envelhecer tenho medo. De perder o viço ou o brilho. Nunca desgostei de rugas e pele baça. Quem é que pode não gostar do toque de pele das mãos de avó?
Mas chateia-me poder perder a atitude. Sobretudo a atitude.
Tenho pavor de me acomodar, de se cavar um generation gap entre mim e outros.
Provavelmente chateia-me a ideia de um dia ficar preso à minha geração. Identificar-me globalmente com a minha geração é algo que me irrita e isso pode acontecer mais facilmente no futuro, que propriamente hoje em dia.
É que a maioria desta geração não gosta de velhos. É precisamente esse o ponto de desidentificação e é também por isso que não gosto de ser da colheita dos "oitentas".
Gostava de pensar que amadureci dos "sessentas" aos "oitentas" e só aí fui colhido.

Há vitória maior que passar dezenas e dezenas de anos pela vida, sem perder o fio condutor que se criou por volta dos "vinte e tais"?
Não há.

"Sempre tive 35 anos." - Bertrand Russell

 

Clarão ofuscante do óbvio

"Quem vai decidir o momento de eu sair sou eu ou povo madeirense. Eu não deixo aquela gente (do continente) decidir sobre o futuro da Madeira"
- Alberto João Jardim


Manifestando-se contra a lei de limitação de mandatos.
Agora digam-me: Quem é que não estava à espera, mais cedo ou mais tarde, que ele dissesse isto?

sexta-feira, abril 15, 2005 

(Auto-crítica)

Ultimamente tenho-me esquecido do mais importante num blogue: Escrever.
É para isso que ele serve.

Mas que se lixe. As coisas são fundamentalmente o que são e o que valem.
Nunca aquilo para que servem. Isso é para quem retira "coisas" das coisas.
Quem retira coisas das coisas nunca as tem.
Malditos utilitaristas!

 

Imagem / mil palavras



Because i´m tired of whys choking on whys / just need a little because...

- Fiona Apple / 1998

 

Hoje acordei nas meias finais

 

Casa da Música



Ainda não vi a crítica, mas suponho que tenha sido um concerto fenomenal.
Lou Reed é intemporal. Desde os Velvet Underground de 64 até ao artístico "The Raven" de 2004.

I try to be as progressive as i can possibly be, as long as i don´t have to try to hard." - Lou Reed

 

Cai um por um até à final de Alvalade



SPORTING - 4 (Niculae, Sá Pinto, Beto, Rochemback); Newcastle - 1 (K. Dyer)

...E eu, que sou céptico, acreditei.

Faltam 2 jogos para a final!

quinta-feira, abril 14, 2005 

Um amigo vai jogar os dados

Que te calhe o doble de seis. O Poker. Full-House.

 

Ontem deitei-me tarde e hoje acordei cedo


"And forgetting defines me,
Yeah, that´s what defines me..."

quarta-feira, abril 13, 2005 

Sabes...


Vinicius de Moraes

De manhã escureço
de dia tardo
de tarde anoiteço
de noite ardo.

 

Jobim - açú



Tom no apartamento da Rua Nascimento Silva 107, em Ipanema.

Apesar de toda a ironia com que Tom falava sobre o seu lugar na música brasileira...a verdade é que tudo passava por ele.
- Caetano Veloso

 

Época



Tom, Vinicius de Moraes, Ronaldo Bôscoli, Roberto Menescal, Carlos Lyra

 

Hoje acordei em mim


Scarlett Johansson / Bill Murray

yep...guess i´m happy.

 

E que tal pedirmos as minutas ao Mourinho?

"A Fé voltou" ( título do jornal "A Bola" a propósito do Sporting)

Até podem ser umas antigas, daquelas que ele já não use...

 

E que tal pedirmos as minutas aos alemães?

"Comissão europeia deverá instaurar a Portugal processo por défice excessivo"

 

Contrição do Egoísmo

A recordação do mundo visto da (minha)infância invade-me por diversas vezes. Tinha por certo que nada era quando eu não estava. Aquela enorme encenação, feita para mim e por mim, só existia quando eu a via, ouvia ou sentia. As ruas, as pessoas e as coisas eram como aquelas luzes com sensores: tranquilamente apagadas à minha espera, só se acendiam à minha passagem e, com toda a certeza, mal virasse costas, novamente se eclipsariam. Afinal, de que serviria o que quer que fosse se eu não estivesse lá?
Creio que, de uma maneira ou de outra, todos vimos o mundo assim, algures na nossa meninice. Creio também que nunca nos conseguimos libertar inteira e verdadeiramente desta fase, como de resto acontece com tudo o mais que passamos. Os meus problemas é que são reais, só as minhas inseguranças provocam ansiedade insuportável. Os outros, esses, ou estão na nossa ferquência ou só podem ser parvos. Se de bem com a vida e nós mal são uns levianos, se, ao contrário, são uns cinzentões para os quais não há paciência.
Hoje saiu um "tu não dás valor às coisas", amanhã prometo um "as coias para ti não têm valor". Se a contrição tem de começar algures, porque não pela linguagem? Sussuremos, qual Galileu, "e no entanto ela move-se", nem que seja só às vezes...

terça-feira, abril 12, 2005 

Derrick Plourde 1971-2005



Aos 17 anos, os 3 acordes e a bateria rápida corriam nas veias.
Derrick Plourde tocava bateria nos Lagwagon, que raramente saíam do deck de cassetes do meu walkman. Quando grande parte do que interessava era conseguir fazer um kick-flip como o Wally Gator do fundo da rua, gravar o maior número de cassetes punk que conseguisse com o dinheiro da mesada e tornar bem claro, para toda a gente, que a geração "Pearl Jam" não falava por mim.

Agora que essa realidade já lá vai há algum tempo (mas não morreu), é estranho ler que parte dela se foi.
Não é significativo, mas também não é insignificante.

 

"...mas afinal onde está o amor?" - A.

Está na linha feminina de uma anca e no choro convulsivo do desespero.
Na tragédia de um desencontro e no ponto de equilíbrio de um olhar imenso.

Eu hoje acordei assado. Com a mania que sei das coisas.

 

Amores quase perfeitos - I

...E ela, passando por ele e mordendo o lábio, lasciva e plena de volúpia, passou a mão pelo cabelo e disse:
- "Faz-me um fil...tro."

segunda-feira, abril 11, 2005 

O que é que se passou hoje?

 

Virando o bico ao prego


Michael Madsen - "Budd em Kill Bill vol. II"

...Eu hoje deitei-me assim.

 

No disguises



Contínua tentativa fracassando,
Minha vida é uma série de atitudes.
Minhas rugas, mais fundas que taludes,
Quantas máscaras, já, vos fui colando?

Mas sempre atrás de Mim, me vou buscando
Meus verdadeiros vícios e virtudes
(- E é a ver se te encontras, ou te iludes,
Que bailas nesse entrudo miserando...)

Encontrar-me? Iludir-me? ai que o não sei!
Sei mas é ter no rosto ensanguentado
o rol de quantas máscaras usei...

Mais me procuro, pois, mais vou errado.
E aos pés de Mim, um dia, eu cairei,
Como um vestido impuro e remendado!


José Régio - "Baile de Máscaras"

 

Oh and I just love these f....kng elitistic pricks!

Existem trinta e sete mil blogues portugueses. Há mais blogues portugueses que pessoas a viver no Mónaco. Mas muita gente continua a dizer generalidades sobre «os blogues» como se estes milhares de bloguistas tivessem imensas afinidades. Quando apenas têm em comum serem portugueses, possuírem um computador e uma ligação à internet. E, nos melhores casos, saberem ler e escrever. [P.M.]

A única coisa que eu tenho em comum com Pedro Mexia é ser português e possuir um computador.
A Sapo cortou-me a ligação de casa.

 

Matando tempo lendo blogues

Blogues amigos do SETE:

O MUNDO DA CHAPA

Blogues de quem o SETE gostaria de ser amigo:

BOMBA INTELIGENTE
FORA DO MUNDO
(não queremos ser amigos do Pacheco Pereira...e como vocês, sabemos o link do abrupto de cor, por isso... nem é preciso.)

Blogues que gostariam de ser amigos do SETE:

LEITARIA DOLORES
BLOGA LÁ DISTO!

Agora mais a sério, são todos óptimos blogues de óptimas pessoas. Todos muito mais inspirados que nós, tirando talvez os que levaram a expressão "Publish Post" demasiado à letra...e deram em livro.

Vamos institucionalizar os links em termos formais e permanentes logo, logo que nos der para isso.

 

Preferia estar na cama

Hoje, foi daqueles dias em que, como diria o George Constanza,a única moitvação para sair da cama foi crer que iria conseguir arranjar um tempinho para dormir uma sesta.

Ontem, curiosamente, quando acordei já a hora da sesta tinha ficado para trás.

 

Pequenos prazeres que facilitam a existência II



Ver o golo de Miguelito nas televisões do estádio de alvalade, seguido de imagens dos jogos boavista - Sporting e Porto - Sporting, ao som da "Pronúncia do Norte".
Foi por muito pouco que não ficou ofuscado o 24º do Levezinho!

 

E eu hoje acordei assim!



Pronto.
(Mas ontem e anteontem, não.)

 

Vexatae Quaestiones II

Temos mesmo de saber como é que a Charlotte e o Ivan acordam todos os dias?

E que drogas tomam eles para acordarem sempre movie-stars?

Mais alguém acorda estremunhado e horrível como eu?

 

Baldrick is the new Blackadder



Marques Mendes é o novo líder de um PPD que volta a ser PSD.
Os escudeiros afinal sempre podem chegar a cavaleiros.



Baldrick has been in Blackadder's service longer than either of them
care to remember. Yet although his master treats him with the sort of contempt usually reserved for lepers, dogs and Catholics, he remains intensely loyal. Baldrick doesn't know the meaning of the word 'disobedient'. Other words he doesn't know the meaning of include 'intelligent', 'hygiene' and 'bath'. A kindly soul whose hair and clothes provide a home for a wide variety of native insects, Baldrick's lack of formal education is compensated for by his basic streetwise cunning. He has been known to dress up as a woman capable of proving irresistible to the terminally insane, Scotsmen or someone who's never seen a woman before.


...E agora chegou a sua vez.

sexta-feira, abril 08, 2005 

Vício de falta de fundamentação - 1



José Miguel Júdice diz que o Estado e as Empresas Públicas deviam ter de pelo menos consultar as três maiores sociedades em Portugal sempre que precisam de advogados.
Em entrevista publicada hoje no Jornal de Negócios, o advogado diz que nenhuma das três «quer privilégios», mas sempre o Estado ou Empresas Públicas têm de escolher advogados, «pelo menos que consultem estas três sociedades.»
Júdice refere-se à PLMJ, de que é sócio, à Vieira de Almeida & Associados e à Morais Leitão, Galvão Teles Soares da Silva & Associados.
«O estranho», continua, «é se em qualquer operação do Estado não nos consultarem. Diria que se não nos escolherem, é preciso que justifiquem.»



Júdice parte de pressupostos absolutamente errados.
A fundamentação exige-se na escolha. Nunca na não escolha. Muito menos na "não escolha" do que seria óbvio. E o que é dito é tudo menos óbvio.
Critérios quantitativos só servem para quem deles se serve. Tenho pena de ver que José Miguel Júdice é dos que deles se servem. Ou então perdeu a noção. Perdeu o discernimento e o juízo, todos ao mesmo tempo.
Exemplos que bastam para contrariar o que é dito são empresas públicas e entidades públicas empresariais que são mandatadas por advogados que trabalham a solo.
E pressupor o óbvio, da forma como é pressuposto por Júdice, é das pressuposições mais prepotentes que tenho ouvido.
Como é possível pedir justificação, quando se manda uma barda tão absurda como esta, ainda mais sem justificar.
Fico à espera de saber porquê.

 

Voyeurismo apostólico romano

Hoje, como sempre, liguei a televisão enquanto tomava o pequeno almoço.
Resultados do zapping subsequente:

1 (Rtp 1) Enterro do Papa.
2 (Rtp2) Enterro de Sua Santidade
3 (Sic) Enterro de Karol Wojtyla
4 (Tvi) Enterro do Sumo Pontífice
5 (Sic N) Enterro do Príncipe dos Cardeais
6 (Rtp N) Enterro da Autoridade máxima do Vaticano

Tenho a maior curiosidade em conhecer o share de audiências respectivo. Tenho também a dizer que isto já é pornografia.

 

Parentesis a post do amigo, co-blogger, colega de trabalho, co-Sportinguinsta

Cai um por até à final
(Nem que seja o Sporting)
Porque há uma reputação céptica a manter!

 

Fim-de-semana ao sol

Fica tudo para trás. Cai tudo no esquecimento. Pega na toalha, escolhe os cd´s e traz qualquer coisa alegre.



All we need to do is dance!

 

Cai um por um até à final de Alvalade



Newcastle United 1 (Alan Shearer)- SPORTING - 0

Faltam 3 jogos para a final.

quinta-feira, abril 07, 2005 

O meu mais recente amor

 

Demasiado

"Quando se ama o abismo é preciso ter asas."
- Friedrich Nietzche

Quando se ama o abismo não é certamente para voar sobre ele.

José Régio, Ary dos Santos, Mário de Sá Carneiro, Rimbaud, Edgar Allan Poe.
Alguns chegaram demasiado perto. Sim, demasiado. Alguns caíram.
Mas só eles sabem o que é chegar demasiado perto.

quarta-feira, abril 06, 2005 

Um bom pai-nosso em 3 pinceladas (Post extensivo a agnósticos e ateus)

"Senhor, dai-me calma para aceitar o que não pode ser mudado e audácia para mudar o que pode e sabedoria para distinguir uma coisa da outra..."

 

Vexatae quaestiones (João Paulo II vs Karol Wojtyla)


MISSÃO CUMPRIDA imagem e frase d´Lóbi do chá

"Quando no teu corpo já afogado em crepúsculos,
Só haja a vontade a comandar avante...
Então ao seres sublime,
O mundo inteiro é teu,
Já dominaste os reinos, os templos, os espaços
Mais ainda a tua frente um novo sol rompeu
abrindo o infinito ao rumo dos teus passos,
pairando numa esfera acima deste plano,
quando jamais receares que os erros te retomem...
Quando já nada houver em ti que seja humano
Alegra-te meu filho,
Então serás um homem.


"IF" - Rudyard Kipling

Karol Wojtyla era um homem. Com uma vontade e uma capacidade de sofrimento acima do normal.
Expliquem-me só, neste caso concreto, porquê. Em nome de quê ou de quem.
Precisamos de Heróis?
Precisamos da dignificação do sofrimento?
Precisamos de apego?
Precisamos de símbolos?
Precisamos de Ídolos?
Precisamos de sublimar o esforço?
A ultrapassagem de limites humanos?
Em nome de quê?
Qual missão?
Até que ponto?

 

Pequenos prazeres que facilitam a existência I

Não ver, sob circustância alguma, um debate entre Marques Mendes e Luis Filipe Menezes.

terça-feira, abril 05, 2005 

Razões de ser

A Natureza tem estranhas formas de proteger os seus filhos.
Certas espécies desta fauna não sobreviveriam sem as características que lhe são inatas e proporcionadas pela Mãe Natura, desde que nasceram.
Darwin diria que é a "survival of the fittest".
Eu, modestamente, diria apenas que em climas mais quentes, como a Linha, algumas espécies patuscas pela sobreposição de um capacete capilar sobre olhos, pálpebras e orelhas, devem à Natureza a sobrevivência. Uma enorme dívida de gratidão, portanto.
Um ligeiro levantamento da denominada "poupa" (ou "popa" - a doutrina diverge) e as funções vitais, nomeadamente os sentidos da visão e audição acabariam severamente danificados. De vez. (Nunca levantem o cabelo de um Tomás ou de um Salvador - Eles morrem e vocês acabam na prisão.)
Outro exemplo dessa curiosa espécie reflecte-se pela fantástica capacidade adaptativa dos adereços, consoante o "habitat" temporário onde se encontram.
E.g. - o calçado:
A borracha maleável do sapato vela, quando o animal se desloca a locais de meridiano conforto e conhecimento como "Santos", o "People" ou a "Kapital" (uma espécie de "vá-para-fora-cá-dentro) é substituída, com a facilidade de uma rima do Aleixo (ou de um golo do Liedson) pela robusta sola-pneu do "Ténis-timberland-todo-o-terreno" quando a criatura embarca em viagens desconhecidas.
Sítios ermos e escuros, rudes e frenéticos como "Bairros Altos" e "Alfamas", onde sobressai um desenquadramento e uma aflição, levam a esta hiper-protecção, espécie de cápsula protectora.
Mas quais pombos correios, os jovens batem asas para casa cerca das 4 da manhã. E vão em bando.

NOTA: Não questionar a razão de ser das coisas.

 

Ainda a miúda do Milhão.

E a propósito deste escrito...



O problema em elogiar é que somos sempre tidos por exagerados e nunca levados a sério. Há demasiado pudor em elogiar. É castrante. Eu elogio e reservo-me o direito de mudar de ideias. Mas neste caso não vou mudar. Não mudo.

Clint, Hillary e Morgan são como uma relação amorosa perfeita a três.

São absolutamente simbióticos.

 

Policarpo é fixe, o resto que se lixe!


É este o momento de unir forças. O conclave decisivo está para breve e os senhores dos chapéus altos e esquisitos estão prestes, prestes a decidir quem vai ser o próximo senhor da bata branca.
Deixemos o orgulho nacional de parte...
Reparem que Dom Policarpo, independentemente da nacionalidade, é o homem certo para acenar aos fiéis na praça de S. Pedro. É o homem certo para andar no carrinho de vidro.
É tolerante, open-minded, tem um nome giro (parecido com o ciclope da Odisseia de Homero) e fuma tabaco.
E não vai à bola com americanos (dizem quem fuma "Português Suave").
Já ninguém se lembra de Pedro Hispano (O papa português que durou dias), pois não? Ainda por cima, agora que Portugal já domina o futebol da Europa, porque não dominar a Santa Sé? E dominar a Santa Sé com um papa defensor de minorias! Um papa que celebre eucaristias por entre fervorosos e reflexivos cigarros. Um Papa que se predisponha a discutir a fé com o Prado Coelho em cartas abertas em jornais diários. Melhor, um Papa que deu um autêntico baile a Prado Coelho em discussões de fé.
Este Papa eu quero. Policarpo a Santo Padre, grito! Policarpo a Sumo Pontífice, berro! Por um Papado melhorado! Por um Vaticano mais plano.

Que o fumo a sair do próximo conclave não seja negro nem branco. Que seja cinzento e venha do cigarro de Policarpo.

segunda-feira, abril 04, 2005 

For those with a broken wing...



"E um dia de tanto andar
eu vi-me exausta e exangue
entre um berço e um caixão
mas quem tratou de me amar
soube estancar o meu sangue
e soube erguer-me do chão
"

 

Afunda-se

Eis a verdadeira nova vaga de treinadores.



Moreno, olhos escuros, semi-careca mas, ainda assim, com cabelo à macho latino. Experiência por todo o Portugal. Curriculum único.
Afunda qualquer equipa da superliga.

 

E ele disse

(com o ar seguramente ridículo de que o tempo não passa)

- Ó Miúda, onde é que vais?

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  • PM

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