Princípio compensatório
"Isto vai, camaradas, isto vai...", dizia o Poeta, noutro contexto.
Há de se dar a volta à vida.
De ora em diante, tudo o que disser é precedido por "Sabes, por tudo o que tenho passado ultimamente, mereço que..."
A verdade é que é a pura auto-inflição injustificada de comiseração, sobreposta à verdade de que também...bom, nem tenho passado por nada de especial. Lá isso...
No entanto, nada objectivamente, resta-nos sempre o sentido do (nosso) mundo justo. Esse sentido que nos leva a fazer uns quantos desvios ao trilho e a dizer "Por tudo o que tenho passado...".
Vingarmo-nos da vida com uma farta dose de sarcasmo pode ser extremamente compensatório. Seja sorrir a meia cara, responder temperamentalmente, abusar de comentários jocosos, prosseguir o hedonismo, viver mentiras, retaliar, tudo, muito basicamente, não querendo saber.
O meu amigo Javi (que também tem passado por muito), agitando a canadiana que o apoia, em direcção à atmosfera, dizia, ainda este pretérito fim-de-semana:
"Hombre, tienes que ser tan perverso con la vida como la vida es perversa con tu proprio. Eso es mi lema. La vida es putissimamadre"
Tenho muito a aprender contigo, Javi. Mesmo que a vida não seja bem assim tão perversa. Aliás, trata-se exactamente do não querer saber.
Aliás, nem querer saber, sequer, do grau de perversidade objectiva da vida.
Certo, Javi?
Muy bién, tio...Venha tudo a que tenha direito.
A vida é a minha próxima vítima.
Há de se dar a volta à vida.
De ora em diante, tudo o que disser é precedido por "Sabes, por tudo o que tenho passado ultimamente, mereço que..."
A verdade é que é a pura auto-inflição injustificada de comiseração, sobreposta à verdade de que também...bom, nem tenho passado por nada de especial. Lá isso...
No entanto, nada objectivamente, resta-nos sempre o sentido do (nosso) mundo justo. Esse sentido que nos leva a fazer uns quantos desvios ao trilho e a dizer "Por tudo o que tenho passado...".
Vingarmo-nos da vida com uma farta dose de sarcasmo pode ser extremamente compensatório. Seja sorrir a meia cara, responder temperamentalmente, abusar de comentários jocosos, prosseguir o hedonismo, viver mentiras, retaliar, tudo, muito basicamente, não querendo saber.
O meu amigo Javi (que também tem passado por muito), agitando a canadiana que o apoia, em direcção à atmosfera, dizia, ainda este pretérito fim-de-semana:
"Hombre, tienes que ser tan perverso con la vida como la vida es perversa con tu proprio. Eso es mi lema. La vida es putissimamadre"
Tenho muito a aprender contigo, Javi. Mesmo que a vida não seja bem assim tão perversa. Aliás, trata-se exactamente do não querer saber.
Aliás, nem querer saber, sequer, do grau de perversidade objectiva da vida.
Certo, Javi?
Muy bién, tio...Venha tudo a que tenha direito.
A vida é a minha próxima vítima.
Estimado Pedro,
A pesar de la rabia, de la arrechera, a pesar del asco que siento a cada puñetera vez que me acuerdo de las durisimas decisiones que hize cuando la vida más me cabreó, más razones me dió para quitarle su puta sonrisa a puñetazos, a pesar de todo eso, las decisiones que hicimos yo y tu fueron lo más perverso que algún dia llegaremos a ser con nuestras vidas. Porque para serse perverso con la vida, no hay que decidir serlo mañana o pasado, sino que hay que mirar hacia trás y darnos cuenta de que cuando nos puteó la vida, hemos reaccionado y hoy podemos decir con alguna cosa a la que podrás llamar orgullo si quieres: joder, me cago en las leches, soy un hijo puta de un perverso, y lo he sido con mi vida!
Un abrazo,
Javi
Posted by Anónimo | 7:51 da tarde
Javi, que tal Madrid?
Mira, te hablaré en portugués. Mi Castellano es terrible.
A vida corre como calhar. Havia um colunista num jornal famoso de Portugal que terminava frequentemente as suas frases com "La vie, ça va de soi."
E enquanto comermos 20 tapas de uma vez em plena plaza mayor, Javi, tio...no pasa nada!
Posted by Zé Gato | 11:11 da manhã