A Natureza tem estranhas formas de proteger os seus filhos.
Certas espécies desta fauna não sobreviveriam sem as características que lhe são inatas e proporcionadas pela Mãe Natura, desde que nasceram.
Darwin diria que é a "
survival of the fittest".
Eu, modestamente, diria apenas que em climas mais quentes, como a Linha, algumas espécies patuscas pela sobreposição de um capacete capilar sobre olhos, pálpebras e orelhas, devem à Natureza a sobrevivência. Uma enorme dívida de gratidão, portanto.
Um ligeiro levantamento da denominada "poupa" (ou "popa" - a doutrina diverge) e as funções vitais, nomeadamente os sentidos da visão e audição acabariam severamente danificados. De vez. (Nunca levantem o cabelo de um Tomás ou de um Salvador - Eles morrem e vocês acabam na prisão.)
Outro exemplo dessa curiosa espécie reflecte-se pela fantástica capacidade adaptativa dos adereços, consoante o "habitat" temporário onde se encontram.
E.g. - o calçado:
A borracha maleável do sapato vela, quando o animal se desloca a locais de meridiano conforto e conhecimento como "Santos", o "People" ou a "Kapital" (uma espécie de "vá-para-fora-cá-dentro) é substituída, com a facilidade de uma rima do Aleixo (ou de um golo do Liedson) pela robusta sola-pneu do "Ténis-timberland-todo-o-terreno" quando a criatura embarca em viagens desconhecidas.
Sítios ermos e escuros, rudes e frenéticos como "Bairros Altos" e "Alfamas", onde sobressai um desenquadramento e uma aflição, levam a esta hiper-protecção, espécie de cápsula protectora.
Mas quais pombos correios, os jovens batem asas para casa cerca das 4 da manhã. E vão em bando.
NOTA: Não questionar a razão de ser das coisas.