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sexta-feira, maio 13, 2005 

Paradoxos levianos / Leviandades paradoxais

Esta, não me peçam para explicar:
O melhor da massificação da cultura gay é que as afirmações de heterosexualidade se
tornaram socialmente aceites, mesmo recomendáveis.


In Acidental

Peço na mesma. Seis explicações:

1 - Heterossexualidade não leva dois "esses"?

2 - "O melhor de (...) é que(...)" não é de uma construção frásica gramaticalmente duvidosa?
Seria correcto, sim, "O melhor de (...) é serem as afirmações (...)" ou "o melhor de (...) é o facto de as afirmações (...)"

3 - Afirmações de heterossexualidade as in "expressões, frases" ou "proclamações" de heterossexualidade / afirmação da heterossexualidade de um sujeito perante outros? Em que sentido?

4 - Agora a sério, justificar-se o temor de pertencer a uma minoria heterossexual ao ponto de ser recomendável afirmá-la? Em que mundo é que tu vives?

5 - Em caso de ser o segundo sentido (como acho que é) , no número três, a sexualidade de alguém precisa de ser afirmada/proclamada? Quem é que afirma a sua sexualidade? Pelo visto, não é só a comunidade gay (whoops, i jumped to conclusions).

6 - Até que ponto é simpático tirar partido de um assunto lateral(cultura gay) para um heterossexual, ou seja, que não o prejudica/beneficia, em jeito brejeiro encapotado de "sobram mais para nós / assim passamos a ser a minoria e já nos protegem"? (whoops, i jumped to conclusions...outra vez.)

Esta peço que me expliquem.

não me parece assim tão criticável a construção que analisa, nem gramatical nem substantivamente. não é genial nem absurda. não é verdadeiras nem falsa. não é boa nem má. é só estúpida. e, se há tanta coisa estúpida por aí, por que motivo perder tempo com uma delas (seja ela qual for) quando ela é inconsequente. se ele não tem mais nada para fazer, deixai-o pró-clamar a sua heterossexualidade. talvez um dia a de-clame.

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