segunda-feira, fevereiro 28, 2005 

"Santana abre a porta a candidatura presidencial" - Diário de Notícias



Desta vez não podemos encostar devagarinho, educadamente.
Não.
Desta vez não só a vamos fechar com estrondo...como a vamos trancar à chave.
O senhor não abre mais portas.

 

Peter Benenson (1922-2005)


Fundador da Amnesty International.

"The candle burns not for us," he declared, "but for all those whom we failed to rescue from prison, who were shot on the way to prison, who were tortured, who were kidnapped, who ‘disappeared’. That is what the candle is for."

Quantos homens ou mulheres, da realidade presente ou passada, têm a força suficiente para dizer "É altura para algo mudar"?

 

She knew one thing since the day she was born...


She was trash.

Million Dollar Baby - 2005

sábado, fevereiro 26, 2005 

Não consigo evitar...




Also Starring:
Jerry Socratees e Elaine Roseta.
Quem se lembrar de algum socialista (de preferência dos rosas, não dos punhos) que possa fazer de Kramer, ganha uma dose de gratidão.

Tudo começou com o discurso de vitória de Sócrates.
Sim, esse, o de domingo à noite. O tal que foi incautamente confundido com Stand Up Comedy...

terça-feira, fevereiro 22, 2005 

Newsflash

Estamos muito felizes e contentes e gordinhos com a vitória da esquerda. Mas demasiado atarefados em investidas trotskistas (contra designadamente a basílica da Estrela e o colégio militar de benfica - "Porfírio, passa-me o Ariete!") para poder escrever sobre isso.
Todos menos o Tiago, que tem o meu próximo voto se pegar no CDS, no pântano (qual governo de Guterres) em que ficou e o puxar um tudo nada para o centro e o transformar não em partido do táxi, mas em partido da linha Fertagus-amadora-sintra. Mas sem inclinar.

Ok pessoal... O plano é este. Se vier a tralha guterrista, rebentamos com eles. Isto só vai lá com um rolar de cabeças (Plano A), como dizia o Robespierre. Ou o plano B - o Vitorino perder o medo de que digam que ele é igual a um ovo e integrar o governo numa pasta relevante.

Tiago, negoceias com trotskistas?

quinta-feira, fevereiro 17, 2005 

Perguntas de um A(s)teu

Se há coisa que me atormenta é a história do pecado original. Tenho sempre a esperança que tal ideia não seja divina. Vivo na ilusão de que ou o profeta percebeu mal, ou foi erro da sua tipografia. Deus ter-lhe-á apenas perguntado pelo pescado original. Daí ao mito foi apenas um S.

quarta-feira, fevereiro 16, 2005 

Coligaçao pre-eleitoral



A tendência do PCP para perder eleitores pode ter os dias contados. Jerónimo de Sousa deu o mote e, a partir de agora, o proletariado vai voltar fazer ouvir a sua voz!

PS: O problema é se isto não é mais um esquema do PP, que tem no seu hino - cantado por essa diva que dá pelo nome de Dina - uma parte onde se pode ouvir "Junta a tua à nossa voz..." Hum... aqui há marosca... Investigue-se, sff!

 

Wittgenstein votaria em Sócrates

A grande vantagem de Sócrates sobre Santana Lopes é não dizer nada. Como diria o Witt, sobre aquilo que desconhecemos o melhor é permanecermos calados. Não sei se era exactamente nestes termos, mas também não sigo à risca os axiomas lógico-filosóficos do senhor.

 

Nouvelle Vague



Francisco Louçã: "O Bloco de Esquerda chegará ao Governo quando tiver os votos para tal."

À parte me ter lembrado (vagamente, vagamente...) a tristemente célebre frase "Um dia vou ser Primeiro-Ministro, só não sei quando..." de quem se pirou para Bruxelas num piscar de olhos (para prestigiar a nossa terra e a nossa gente), gostei desta nova atitude de Louçã.
Lembro-me agora de uns amigos meus, particularmente de um, que vai ter de comer umas quantas coisas ditas relativamente à "postura de contra-poder", "partido sectorial com preocupações específicas", "partido sem preocupações de poder"...etc e não sei quantas. E que só por isso lhe agradava a postura do Bloco. Chapéu...

Temos novos pressupostos. Um BE pós-adolescente, que já pode entrar em discotecas e casas de jogos. Um BE a lutar pelo 3º lugar, com propostas avançadas e radicalismos a descer, tranquilo, e habilmente a jogar com conjecturas eleitorais. Que acabe de vez o desresponsabilizador argumento da inexistência de ambição de governar e os chavões do "refuse and resist". Alguns de nós ainda têm t-shirts do Che mas somos todos adultos. E assim ouço propostas fundamentadas de manutenção da idade da reforma, de criação de postos de trabalho, de Justiça Fiscal(!! - sem lobbies ou favorecimentos...). Discordo do rendimento mínimo europeu, porque é incomportável e idílico, e também de outras coisas. Mas concordo a espaços em algumas. Ouço e provavelmente ouço sem o ar sobranceiro que tantas vezes me saía e me envergonhava. "Thou shalt not be prejudicist again...". E assim a música é diferente.

1 - Isto não é uma declaração de voto.
2 - Isto não pretende manifestar concordância em relação a uma coligação PS/BE
3 - Só registar um agradozinho...
4 - A estrelinha é porque...bom, caí na operação de charme. O símbolo é tão giro, pá, bem melhor que a carantonha feia do Trotsky. E eu estava mesmo a precisar de um abraço...

 

1+1=3



A explicação avançada ontem à noite por Paulo Portas para a importância de votos no PP (que elegeria mais 8 deputados se subisse 1,2%) é, no mínimo surrealista. Mas, pelo menos, dá aos nossos estudantes uma boa desculpa para as miseráveis notas a matemática.

terça-feira, fevereiro 15, 2005 

O que eu ouvi hoje:

Sócrates: tecnologia, mudança, maioria absoluta, competitividade, plano, confiança, pacto, ridículo, portugueses.
Santana: emprego, passado, fugiram, impostos, 3 anos, 4 anos, benefício fiscal, portugueses e portuguesas.
Portas: gráfico, provas dadas, crescimento, estabilidade, sentido de Estado, extrema-esquerda, radicais, banca, sistema eleitoral, jovens, direito à vida.
Louçã: transferência orçamental para a segurança social, rigor, luta, aborto, Totta, isenção, imigrantes.
Jerónimo: aarrrghhhh...evasão...privatiz...

 

É o divino, palerma!



E, talvez, em homenagem ao luto da cova de Iria, Louçã aproximou a Sócrates como eu nunca pensei...
Jerónimo, esse ficou sem voz...Santana trajou de preto e Portas esteve bastante bem no debate (que enquanto escrevo, está pela metade...). Deus, és tu? És mesmo tu??

Mas o que é que se passa aqui...?

segunda-feira, fevereiro 14, 2005 

Decomposição do egoísmo

Os diálogos fazem-se de pequenos monólogos. Falas disto, eu daquilo. O que por acaso se intercepciona faz-nos ser. O resto, o resto não é conversa.

 

"De l'amour de quelque chose"

O tempo não tem lugar no meu projecto, não por um idoso medo da queda final: quem andou no mar sabe que o sal vence os melhores cabos. Vejo felizes os que carimbam o seu passado em paixões futuras; realistas os que vêem como passado amores presentes. Por aqui, prefiro sonhar.
Sem alternativa o pesadelo cumpriu o seu dever, acordei primeiro. A cama fria e transpirada, o algodão por baixo – um mau presságio -, os olhos que mudam de cor e a tua respiração quase silenciosa, depois de tudo isto não chove. Socorro-me de cantilenas abstractas e de fumo cada vez mais denso. Ouço algo como eu não procuro, encontro. Continua a não chover e exijo uma justificação metafísica para tudo isto. Ao atravessar um deserto, só um louco permanece imune ao egocentrismo. Deixo, numa nota ilegível em ritmo sereno, as nossas necessidades de mercearia,

Falta:

- Amor
- Amor
- Amor

Antes do meio-dia acordo-te, e apanho do chão os nossos restos de ternura amarrotada.

domingo, fevereiro 13, 2005 

Peace through Dialogue???



BAHAHAHAH AHAH....AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA.............AHAH.........AH.................(suspiro......).......

quinta-feira, fevereiro 10, 2005 

Pensamento desejante

Hoje, entre o sonho e a vigília, ao ouvir na rádio " O Papa vai ter alta", julguei por uns momentos que a mesma se referia ao papado. Era bom que assim fosse. Das poucas coisas que me repugna no cristianismo é o culto do sofrimento. O sofrimento não é bom. Como diria António Variações "muda de vida", como diria Mr Marley:

"Preacherman, don’t tell me,
Heaven is under the earth.
I know you don’t know
What life is really worth.
It’s not all that glitters is gold;
’alf the story has never been told:
So now you see the light, eh!
Stand up for your rights. come on!

Most people think,
Great God will come from the skies,
Take away everything
And make everybody feel high.
But if you know what life is worth,
You will look for yours on earth:
And now you see the light,
You stand up for your rights. jah!"

O sofrimento não é exemplo. O sofrimento não é o caminho.

 

Sondagem ceptica

Nós aqui pelo 7&Sismos não somos menos que ninguém e também temos a nossa empresa de estudos de mercado. E como não queremos fugir ao tema do momento, tomei a liberdade de abrir uma nova sondagem (afinal de contas, a outra estava ali há três semanas e já todos percebemos que quase ninguém vai ao King, que todos adoraram Viseu no fim de ano e que uma tasca com um garrafão de vinho em pleno Bairro Alto é o ideal nocturno dos nossos visitantes). Façam o que vos der na cabeça. Mas não insultem o pessoal da mesa de voto, que não tem culpa nenhuma de ter que estar a trabalhar.

segunda-feira, fevereiro 07, 2005 

Old Port Wine


Na Ribeira as luzes são mais fortes e o sotaque é mais acentuado. A cabeça está ainda mais longe, ainda mais acima da linha meridiana traçada a dois.
Tenho comido pão e queijo para me manter quente, com o frio que faz. Mas hoje não posso aparecer com a garrafa. Não, hoje não posso aparecer aí. Mais tarde...

 

No Circo...


...quando era mais miúdo, sempre preferi o palhaço triste. Não me perguntem porquê, não tenho tempo para explicar ou fundamentar, nem a preocupação de o fazer.
Mas, afinal de contas, para quem é que isto não é auto-explicativo?

domingo, fevereiro 06, 2005 

No limiar da realidade

Foi retirado o convite feito a Santana Lopes por António Duarte Silva (Presidente da Câmara municipal da Figueira da Foz) para ser o Rei do Carnaval. O ainda PM desmente, a poucas horas da pândega, ter sido trocado por Pedro Granger: "Eu é que recusei, para que as pessoas não confundam assuntos sérios com farra a sério, e eu sei do que estou a falar", declarou hoje PSL à Agência Lusa, acrescentando que "a Isabel Figueira não faz muito o meu género".

sexta-feira, fevereiro 04, 2005 

Voto branco-hospital

A forma era nova: asséptica, inodora e incolor. Um estilo que não é nosso, mas que ao mesmo tempo o é cada vez mais. Tantas regras, tantas alusões ao futebol, umas implícitas outras explícitas. Pelo menos uma coisa é assumida, já ninguém acredita no que quer que seja, ou para estar no mesmo registo, já não há amor à camisola, é um jogo, um jogo com truques e fintas, em que intimamente cada um está a pensar que a gravata que tem casa na perfeição com os tons suaves do cenário. A forma só por si é triste, soa à Era do Vazio, a branco-hospital, cheira a alcóol e éter.
O conteúdo:
A generalidade da argumentação entroncou no apelo ao voto no menos mau: " eu posso ser mau, mas aquele senhor já mostrou que é bem pior". De outra parte a vitimização, aí claramente a casa de Santana Lopes: aquele olhinhos para a câmara, aquele ar do eterno injustiçado, o charme do coitadinho.
O passado sempre o passado. Pior, às vezes o meta debate, o irritante debate sobre o debate. O paradigma da burocracia. Por cima de tudo isto, os comentários do Carlos Magno, senhor que falava num programa de rádio com um psiquiatra, e ousava chamar-lhe "Freud e Maquiavel". Um homem despretencioso, em suma.
Em suma, coitadinhos, virados para o passado, amantes de boatos, burocratas e fanfarrões...
O retrato de um povo?
Não sei, mas por aqui não voto.

quinta-feira, fevereiro 03, 2005 

Poll results

Mas afinal quem é que vai ao King e lê William Burroughs pela noite dentro (na mesma noite???).
Isso é demais...Isso é de loucos... Com um casaco de couro gasto à mistura, é equivalente a rebentar a escala do dilentantismo underground.
Fascinante...
Quem é? Quem é?

quarta-feira, fevereiro 02, 2005 

1001 cépticos

Osteoporoses, glaucomas e neuroses... Já ando velho demais para isto.
Chegámos às 1001 visitas, em esforço, em esforço...
Os lapsos de escrita são cada vez maiores, a inspiração é escassa, os assuntos são recauchutados...
Obrigado.

 

Aqui e agora (um cliché como outro qualquer)

O tempo são os lugares.

  • PML
  • PM

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