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quarta-feira, dezembro 14, 2005 

Vida de cão

Há uns tempos, passou uma reportagem sobre a fantástica actuação da polícia de Miami, no combate preventivo a esse crime hediondo que é o recurso a serviços de prostituição.
A estratégia - simples - consistia em pôr, numa qualquer esquina, uma agente devidamente bronzeada, tonificada e decotada, não necessariamente por esta ordem. Depois de abordada, e do entabular de dois dedos de conversa negocial, para que não restassem quaisquer dúvidas sobre as reais intenções do delinquente, ao invés do suposto, seguiam-se dois meses de prisão.
A iniquidade de tudo isto é óbvia. Suponham um trabalhador da construção civil, de meia idade, solteiro, daqueles que tece elogios a qualquer mulher que passa sob o andaime, bonita ou horrenda é igual, na verdade fá-lo mais no cumprimento de uma função social do que em manifestação de uma opinião própria. Agora suponham que é sábado à noite (nunca sexta, porque as aproximadamente sessenta horas que trabalhou durante a semana não lhe deixaram grande energia sexual) e ele pensa, e com toda a razão, creio, "mereço um miminho", "vou fazer um miminho a mim próprio". Pouco depois vê-se, a prazo de dois meses, na prisão.


Vida de cão, é trabalhar na construção, como cantava o Manuel, que não o Alegre, mas o João.
Felizmente, o nosso processo penal - que por aí consta que cheira a mofo - não permite tal iniquidade.


Marco Tábuas

Concordo!!

mas vai chover para cima de ti e não é pouco...

tás a pedi-las tás!
o que vale é que até curto o teu sentido de humor.

Prostituição = Escravatura sexual
Abacate = Bicicleta de rodinhas
Franguinho da Guia = Esternocleidomastóideo
Feminismo = Falta de pau

Tábuas, em sede própria temos de levar o teu post à Assembleia.

Sinto-me tão infeliz quando não compreendem os meus comentários. A parte para ofender era a da bicicleta de rodinhas.

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