Quem nos enterra
Sondagem DN Marktest:
Cavaco Silva - 57,9%
Manuel Alegre - 16,2%
Mário Soares - 14,8%
Francisco Louçã - 5,8%
Jerónimo de Sousa - 5,3%
Indecisos - 21,6%
De acordo com esta sondagem, quem vota habitualmente no PS está profundamente dividido: 39,5% eleitores preferem Soares, 30,3% escolhem Alegre e 19,5% optam por Cavaco.
Pelo tristemente célebre argumento da entrega do poder a Cavaco, o Partido Socialista não vai lá.
A fazer fé nesta sondagem, que vale como sondagem e não como ex-libris de capitulação ou laboured criteria para a abdicação, Manuel Alegre é, sem dúvida, o candidato melhor colocado para bater Cavaco Silva numa hipotética segunda volta.
Não só porque recolhe 30,3% dos votos dos socialistas, demonstrativo da profunda cisão que o aparelho PS provocou no partido com as recentes altercações baixas e propositadas a que deu azo e com as quais terá que lidar no futuro. Também porque representa, sem vaidades ou propagandas, a candidatura mais transversal, capaz de capitalizar votos à esquerda, ao centro esquerda e ao centro ou mesmo a quem se considere fora do espectro partidário ou ideológico. Porque é uma candidatura de impulsionamento e porque é uma candidatura de valores. E é absolutamente confrangedor a atitude do PS, antes de louvor, agora de chacota.
A tanto, ganha consistência a variante de João Tunes no Água Lisa, em resposta à minha desilusão de pré-campanha, Vital Moreira, que ora, ao contrário de outrora, pactua com a política de bastidor, do paternalismo bacoco e da desconsideração, quanto mais não seja, de uma franja significativa da população eleitora.
Disse VM:
O afundamento da candidatura de Manuel Alegre - que era previsível e que as últimas sondagens eleitorais confirmam - são produto exclusivo da sua inconsistência, do carácter errático da sua linha política e da fragilidade dos seus apoios. Mas entendo que não faz nenhum sentido qualquer tentativa de a humilhar por parte do PS nem, muito menos, por parte da candidatura de Mário Soares. Quanto mais não seja, em caso de 2ª volta, Mário Soares precisa dos votos de Alegre, pelo que são de evitar todos os factores que possam causar ressentimento entre os seus apoiantes.
[Reproduzido do Super Mário]
[Publicado por vital moreira] 19.12.05
Tornou-se quase tão político como Soares, felizmente para aquele, sem a projecção deste. Tornou-se tão confuso que pluraliza o afundamento. Tornou-se tão vinculado, que omite o que eu quero, por força, pensar que ele pensa sobre tudo isto.
E ao dizê-lo, também confirmou, pela parte que o toca (não lhe atribuo a voz funcional do PS - antes fosse) que a candidatura de Mário Soares é a única, sublinho a única que apresenta um estranho temor de ir a votos nos actuais termos.
Nada de novo para quem não sabe que é também nos votos que se faz política.
Nada de novo para quem só faz política para os votos.
Zé Gato
Cavaco Silva - 57,9%
Manuel Alegre - 16,2%
Mário Soares - 14,8%
Francisco Louçã - 5,8%
Jerónimo de Sousa - 5,3%
Indecisos - 21,6%
De acordo com esta sondagem, quem vota habitualmente no PS está profundamente dividido: 39,5% eleitores preferem Soares, 30,3% escolhem Alegre e 19,5% optam por Cavaco.
Pelo tristemente célebre argumento da entrega do poder a Cavaco, o Partido Socialista não vai lá.
A fazer fé nesta sondagem, que vale como sondagem e não como ex-libris de capitulação ou laboured criteria para a abdicação, Manuel Alegre é, sem dúvida, o candidato melhor colocado para bater Cavaco Silva numa hipotética segunda volta.
Não só porque recolhe 30,3% dos votos dos socialistas, demonstrativo da profunda cisão que o aparelho PS provocou no partido com as recentes altercações baixas e propositadas a que deu azo e com as quais terá que lidar no futuro. Também porque representa, sem vaidades ou propagandas, a candidatura mais transversal, capaz de capitalizar votos à esquerda, ao centro esquerda e ao centro ou mesmo a quem se considere fora do espectro partidário ou ideológico. Porque é uma candidatura de impulsionamento e porque é uma candidatura de valores. E é absolutamente confrangedor a atitude do PS, antes de louvor, agora de chacota.
A tanto, ganha consistência a variante de João Tunes no Água Lisa, em resposta à minha desilusão de pré-campanha, Vital Moreira, que ora, ao contrário de outrora, pactua com a política de bastidor, do paternalismo bacoco e da desconsideração, quanto mais não seja, de uma franja significativa da população eleitora.
Disse VM:
O afundamento da candidatura de Manuel Alegre - que era previsível e que as últimas sondagens eleitorais confirmam - são produto exclusivo da sua inconsistência, do carácter errático da sua linha política e da fragilidade dos seus apoios. Mas entendo que não faz nenhum sentido qualquer tentativa de a humilhar por parte do PS nem, muito menos, por parte da candidatura de Mário Soares. Quanto mais não seja, em caso de 2ª volta, Mário Soares precisa dos votos de Alegre, pelo que são de evitar todos os factores que possam causar ressentimento entre os seus apoiantes.
[Reproduzido do Super Mário]
[Publicado por vital moreira] 19.12.05
Tornou-se quase tão político como Soares, felizmente para aquele, sem a projecção deste. Tornou-se tão confuso que pluraliza o afundamento. Tornou-se tão vinculado, que omite o que eu quero, por força, pensar que ele pensa sobre tudo isto.
E ao dizê-lo, também confirmou, pela parte que o toca (não lhe atribuo a voz funcional do PS - antes fosse) que a candidatura de Mário Soares é a única, sublinho a única que apresenta um estranho temor de ir a votos nos actuais termos.
Nada de novo para quem não sabe que é também nos votos que se faz política.
Nada de novo para quem só faz política para os votos.
Zé Gato