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domingo, dezembro 18, 2005 

2 questões



1. Porque é que nas sondagens telefónicas só era contemplada a desistência dos candidatos da esquerda em face da candidatura de Soares?
2. Porque é que só Manuel Alegre foi questionado em relação a um eventual voto em Soares na segunda volta?

A esquerda não é um bloco, nunca o foi, nunca o será. A esquerda é díspar e abrangente. E, sejamos claros, mais abrangente e pluralista que a direita, se bem que nao é monopolista do pluralismo.
E escrevo isto para deixar bem claro que nunca votei Mário Soares (sendo uma insignificante das muitas razões a de que nunca tive idade para o fazer).
E nunca votarei, em qualquer das situações e cenários possíveis nesta campanha presidencial e muito menos me sinto obrigado a tal, atenta a minha ideologia de base.
E como eu, conheço e há-os muitos.

O triste argumento da entrega do ouro ao bandido só descredibiliza ainda mais a candidatura que longe de pacífica, não é nacional.
A verdade é que onde há aqueles que são contra Manuel Alegre Presidente, há aqueles que são contra a candidatura de Mário Soares a Presidente.
Onde os candidatos se debatem com a sua eleição, Soares (excluindo naturalmente os seus apoiantes) debate-se ainda (como sempre de debaterá, em qualquer dos desfechos) com a sua razoabilidade de candidatura.
Não levar a sério quem tem esta posição de princípio, apelando a quadrantes ideológicos, para capitalização de votos, é um tiro no pé. Não levar a sério quem advoga a rotatividade e a renovação política como pilar estruturante da democracia é dar outro tiro no pé.
Um valente tiro no pé.

Pedro Moniz

Minha querida, tanta coisa para me dizeres que só queres um daqueles meus posts...

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