A falha tectónica
Nova definição para a tortura
As técnicas de interrogatório da CIA em prisões secretas espalhadas pelo mundo contradizem a garantia do director da agência de que não é usada tortura, escreveu ontem o The Washington Post, no editorial "Director para a Tortura". O jornal, que cita a entrevista de Porter J. Goss ao USA Today dizendo que "a agência não tortura", acusa a CIA de ter inventado uma nova definição para tortura, de modo a negar que submete os prisioneiros a maus tratos. "Usamos capacidades legais para recolher informações vitais e fazemo-lo numa variedade de formas inovadoras e únicas, todas legais e nenhuma das quais é tortura", disse o director da CIA, sem precisar a que técnicas se referia. Mas, prossegue o Post, "algumas pessoas que trabalham para Goss deram à ABC News uma lista de técnicas avançadas de interrogatório, por acharem que o público devia saber qual a orientação da agência". E "graças a essa lista", acrescenta, "é possível comparar as palavras de Goss com a realidade". A ABC News referiu técnicas como "deixar os prisioneiros nus numa cela arrefecida e molhá- -los periodicamente com água fria". Na opinião do Post," ao insistir que tais práticas não são métodos de tortura, Goss introduz um paradoxo". E lembra que a Administração Bush recorre a uma suposta "falha legal", dizendo que a Constituição dos EUA não se aplica a estrangeiros fora do país, para que a CIA possa usar aqueles métodos com prisioneiros estrangeiros detidos em território que não seja norte-americano. Numa tentativa de impedir a tortura, senadores liderados pelo republicano John McCain lutam, através de emendas à actual legislação sobre defesa, contra "métodos cruéis e degradantes dos interrogatórios". Mas mesmo que sejam aprovadas, refere o Post, a CIA já redefiniu as técnicas de tortura como "formas inovadoras e únicas" de recolha de informação.
http://www.dn.pt
Zé Gato
As técnicas de interrogatório da CIA em prisões secretas espalhadas pelo mundo contradizem a garantia do director da agência de que não é usada tortura, escreveu ontem o The Washington Post, no editorial "Director para a Tortura". O jornal, que cita a entrevista de Porter J. Goss ao USA Today dizendo que "a agência não tortura", acusa a CIA de ter inventado uma nova definição para tortura, de modo a negar que submete os prisioneiros a maus tratos. "Usamos capacidades legais para recolher informações vitais e fazemo-lo numa variedade de formas inovadoras e únicas, todas legais e nenhuma das quais é tortura", disse o director da CIA, sem precisar a que técnicas se referia. Mas, prossegue o Post, "algumas pessoas que trabalham para Goss deram à ABC News uma lista de técnicas avançadas de interrogatório, por acharem que o público devia saber qual a orientação da agência". E "graças a essa lista", acrescenta, "é possível comparar as palavras de Goss com a realidade". A ABC News referiu técnicas como "deixar os prisioneiros nus numa cela arrefecida e molhá- -los periodicamente com água fria". Na opinião do Post," ao insistir que tais práticas não são métodos de tortura, Goss introduz um paradoxo". E lembra que a Administração Bush recorre a uma suposta "falha legal", dizendo que a Constituição dos EUA não se aplica a estrangeiros fora do país, para que a CIA possa usar aqueles métodos com prisioneiros estrangeiros detidos em território que não seja norte-americano. Numa tentativa de impedir a tortura, senadores liderados pelo republicano John McCain lutam, através de emendas à actual legislação sobre defesa, contra "métodos cruéis e degradantes dos interrogatórios". Mas mesmo que sejam aprovadas, refere o Post, a CIA já redefiniu as técnicas de tortura como "formas inovadoras e únicas" de recolha de informação.
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Zé Gato
legaladorei bjks XD
Posted by fernandapatricinha | 2:10 da manhã