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sexta-feira, março 25, 2005 

Playing God @ Filipinas


Uma das inúmeras recriações do flagelo de Cristo

É ao ver coisas deste género que o meu "relativismo cultural" sofre umas pancadas valentes.
Traçar uma relação tão profunda e injustamente vertical com Deus, como esta, é fazer tábua rasa de qualquer amor próprio e clarividência.
O ser humano deve dispor dos bens próprios (nomeadamente o corpo), como muito bem entender e em face de uma dignidade que o próprio traça (como subjectivamente digna). É no que sinceramente acredito. E é nesse sentido que julgo que se deve evoluir, nesta como em muitas outras questões.

Mas, aos filipinos...
Tentem não se aleijar. Tentem não se magoar, pelo menos até terem a certeza que Ele passou por isso. Prostrem-se, pecadores, por vossa tão grande culpa. Acendam uma vela que arda incessantemente em nome da santíssima trindade. Declarem-se possuidores de uma fé tamanha, imune a qualquer raciocínio lógico, dedutivo ou indutivo. Rezem muito. Preguem a palavra, instruam, convertam. Vivam no êxtase da comunhão suprema nessa jornada pura de fé que eu, como outros libertários, não compreendemos.
Mas deixem os pregos de fora. Porque já todos chamámos por ele (mesmo sem saber o nome...) no frio de uma noite má. E ele não veio.
Nem Deus tem o direito a não ser objecto do mínimo de exigência. Um pouco mais de exigência para com Deus, então.