Que reste-t-il de notre pas de deux?
Um filme dérmico.
Mais que na cabeça, senti-o na pele. Um chafurdar de emoções do início ao fim e por isso...estava como peixe na água. Água...de aquário, claro. Porque são emoções que sufocam e sufocam, talvez, fruto de indentificações.
Nem me passou pela cabeça esse velho "amor". Mas aquele retrato de uma hipertrofia de cumplicidade, tão avassaladora que recalcitrantemente volta e volta e volta e volta, seja em que situação for, sob que pressupostos for. O reavivar da dependência, a angústia da decisão, enfim, velhos amigos. E aos velhos amigos é costume levantar-se o copo e dizer "a estes!". Seja.
E o desgaste? Esse desgaste de tentar encarrilar a coisa nascida torta. E o desejo que consome e volatiliza. E a fidelidade pós-relacional.
Voltando ao filme...
François Ozon fez-me pensar. François Ozon vai pagá-las.