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terça-feira, janeiro 11, 2005 

Sahara da Democracia

Numa realidade política invariavelmente árida, os meus métodos eleitorais esgotam-se mais rapidamente que os fundos de maneio da União Europeia.
Raras vezes, no passado, pude votar por alguém. Por mais que custe admitir (a alguns) a política do voto útil, muitos de nós já votamos contra alguém. Mas bastamo-nos com o comentário descomplexificador do "votei em alguém".
E pode sempre acrescer outro como: "apesar de ser um palerma, um janota, cego de ideias, ter comido broa ou não saber multiplicar..."
(- quem vir aqui 5 enormidades políticas ganha um rebuçado. No palerma podem enfiar quem quiserem....)

Eis senão quando os pressupostos mudam. Porque definitivamente não enxergo o votar por alguém. Porque dificilmente admito o votar contra alguém especificamente.
Um desejo.
Quero espraiar o meu voto em cinco chapadas para que aprendam que:

- A vitimização mesmo enquanto ultima ratio do desesperado não garante vitórias eleitorais.
- O medo e/ou incapacidade de soltar uma ideia de vez em quando não é boa ideia, mesmo para quem não quer mexer no status quo, só porque pode bastar...
- O eleitorado vota em deputados para a Assembleia da República, por isso já os paravas de os trocar, no âmbito dessa "rotatividade", que por mais que apelides de democrática, me quer bem parecer que carece em absoluto dessa mesma legitimidade.
- 1917 já lá vai aos anos.
- O elogio da disciplina não é palavra válida (ou vaga??) para quem (no momento) não tem nada a dizer. Ah... e 1926 já lá vai aos anos.

Não esquecendo o knowledge do bom ditado, convém relembrar que Voting is power... arm yourself.