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quarta-feira, fevereiro 15, 2006 

Ontem como hoje, um blogue fenomenológico

"Thoughts reduced to paper are generally nothing more than the footprints
of a man walking in the sand.
It is true that we see the path he has taken;
but to know what he saw on the way, we must use our own eyes."

Arthur Schopenhauer

Como realça Jacques Derrida, se tivermos que "evocar a loucura no interior do pensamento (...) temos que o fazer na dimensão da possibilidade e na linguagem da ficção ou na ficção da linguagem".

Se falar é descer do pensamento à palavra que o exprime (compreender é subir da palavra ao pensamento significado), todas as linguagens se baseiam em experiências. Logo, são fenomenológicas.


Aqui está.
Sem subir e sempre a descer.

Mas igualmente fenomenológico.

Zé Gato

Nana, filme de Godard, e mais uma lost woman, fala, numa conversa de café, com um velhote qualquer, que diz exactamente isso. E assim, com palavras.

Um remate céptico a este post fenomenal seria perguntar, à guisa de constatação: de nós, para onde vão esses fenómenos?

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