Não sei muito bem porquê, aguardava ansiosamente o último post do Ivan no Super Mário.
A única reacção possível que esboçou ao escrutínio eleitoral não foi imediata..., nem no dia seguinte.... Foi dois dias depois.
A reacção não é própria, mas citada (da autoria de Teresa Sousa).
Destaca o "não cair em tentação" de Mário Soares de se demarcar do partido, por oposição a Alegre e Cavaco. Destaca a lição de vida que Soares nos deu a todos. Eu, cábula, provavelmente estava distraído na lição.
Mas também negativiza o resultado expressivo de Manuel Alegre, clara indicação que uma grande franja populacional não se revê no actual sistema político-partidário, com escasso pluralismo.
A partidocracia tem excepções constitucional e expressamente consagradas.
O fel do Ivan é sintomático de um mau perder e espraiou-se por todo o aparelho rosa choque que tantas voltas me dá ao estômago, tributário de uma subserviência cega a Soares.
Soares não deu lição de vida nenhuma. Soares deixou que o Ego toldasse a vista, enganou uns quantos e atirou-se à batalha com a sua impulsividade tão cara como típica.
Não devemos tentar salvar Soares. Pela simples razão de que não se perdeu, nem poderia.
E não devemos ser obtusamente paternalistas para com ele como foi Pacheco Pereira, especialmente vindo esse paternalismo de um pseudo-parasita futriqueiro, cujas ideias políticas materializadas na sua vida inteira correspondem, em tempo útil, a uma semana de descanso de Mário Soares.
Sobretudo não devemos, melhor,
não podemos subverter realidades. O Ivan tentou.
E como prometi que a minha contribuição séria neste blogue tinha acabado, julgo que o post do Ivan foi um bocado idiota.
ZG