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domingo, julho 03, 2005 

Discurso (em) directo

Poema do Silêncio (Excerto)

Sim, foi por mim que gritei.
Declamei,
Atirei frases em volta.
Cego de angústia e de revolta.

Foi em meu nome que fiz,
A carvão, a sangue, a giz,
Sátiras e epigramas nas paredes
Que não vi serem necessárias e vós vedes.

Foi quando compreendi
Que nada me dariam do infinito que pedi,
-Que ergui mais alto o meu grito
E pedi mais infinito! (...)


José Régio

O mau hábito de não descer ao chão e a propensão de olhar para cima.
Ao fim e ao cabo, acabo por destilar abstracção e já nem sei muito bem no que penso.