Discurso (em) directo
Poema do Silêncio (Excerto)
Sim, foi por mim que gritei.
Declamei,
Atirei frases em volta.
Cego de angústia e de revolta.
Foi em meu nome que fiz,
A carvão, a sangue, a giz,
Sátiras e epigramas nas paredes
Que não vi serem necessárias e vós vedes.
Foi quando compreendi
Que nada me dariam do infinito que pedi,
-Que ergui mais alto o meu grito
E pedi mais infinito! (...)
José Régio
O mau hábito de não descer ao chão e a propensão de olhar para cima.
Ao fim e ao cabo, acabo por destilar abstracção e já nem sei muito bem no que penso.
Sim, foi por mim que gritei.
Declamei,
Atirei frases em volta.
Cego de angústia e de revolta.
Foi em meu nome que fiz,
A carvão, a sangue, a giz,
Sátiras e epigramas nas paredes
Que não vi serem necessárias e vós vedes.
Foi quando compreendi
Que nada me dariam do infinito que pedi,
-Que ergui mais alto o meu grito
E pedi mais infinito! (...)
José Régio
O mau hábito de não descer ao chão e a propensão de olhar para cima.
Ao fim e ao cabo, acabo por destilar abstracção e já nem sei muito bem no que penso.