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quinta-feira, novembro 16, 2006 

Vinicius (o documentário)



Confesso que saí a gostar menos de Vinicius.

É relativamente enfadonho o messianismo do homem em busca da paixão eterna, posto que é chama, muito beijinho e carinho e whiskinho, uma imensidão de diminutivos, um recorde planetário da quantidade de vezes que seja possível dizer "amor", "ama" e "amada", em apenas 90 minutos (sem intervalo). Tornado meloso.

A idolatria desnecessária culminou com a Bethânia a apontar que "Pô, Vinicius veio à terra mostrar que o amor é uma coisa linda, veio mostrar que a gente vive para amar.(...) Sem Vinicius, não teria existido música popular brasileira".

Ora eu tenho a obra poética completa e uns quantos albuns, gosto mesmo do homem.
Mas preferia ter não ter ouvido que sem Vinicius não existia isto ou aquilo.

Sem qualquer pessoa ou qualquer coisa, podia existir qualquer coisa ou qualquer pessoa.
E a culpa do meu assomo racional de pura lógica é a inevitabilidade inerente ao mesmo, volvida hora e meia de filminho e especialmente depois do beijinho e do carinho e do whiskinho, mais o chiquinho e o caetaninho e o eduzinho.

A poesia tem grandeza e tem miséria,
Com este documentário parece que tem miseriazinha.

PML

Não vi, nem me apetece ver. Dá para criarem novos mitos? Novos heróis?

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