sete & sismos

Se não me atraiçoa a memória, e creio bem que não, Jean Valjean era o bom da fita, ainda que vilão (mas só porque tinha fome) em tempos idos. Javert era mau como as cobras, perseguidor incansável e, em traços largos, uma besta quadrada.
Pelo que me vejo compelida a concluir que o Cavaco é o bom da fita, ainda que em tempos idos um vilão (mas só por causa do economicismo) e que a esquerda é má como as cobras, perseguidora incansável e, em traços largos, uma besta quadrada (interessante, o blog que se chama o quadrado).
Cavaco/Valjean é exposto e expõe-se mas quem morre no fim é o Javert.
Ganha as eleições o Valjean, já que o Javert arrepia caminho.
Campanha miserabilista, sim, todo o sentido.

Não aprofundes uma analogia que era suposta ser superficial, bolas.

O post não se compadecia de considerações morais sobre as personagens.

Valjean sabe que inevitavelmente será descoberto. Sabe que não é o homem que pretendeu ser na sua nova vida de estadista consensual.
Fiquemo-nos por aqui.
E o Valjean não ganha, porque quis roubar o pão às "forças de bloqueio".
O Valjean parece mesmo que vai ganhar e perde. A história termina assim. Só pode ser assim.

Mais uma coisa. O Javert é obstinado. Não é, nunca e jamais, uma besta quadrada.
É tão só um tipo obstinado. Gotta like that.