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sexta-feira, abril 08, 2005 

Vício de falta de fundamentação - 1



José Miguel Júdice diz que o Estado e as Empresas Públicas deviam ter de pelo menos consultar as três maiores sociedades em Portugal sempre que precisam de advogados.
Em entrevista publicada hoje no Jornal de Negócios, o advogado diz que nenhuma das três «quer privilégios», mas sempre o Estado ou Empresas Públicas têm de escolher advogados, «pelo menos que consultem estas três sociedades.»
Júdice refere-se à PLMJ, de que é sócio, à Vieira de Almeida & Associados e à Morais Leitão, Galvão Teles Soares da Silva & Associados.
«O estranho», continua, «é se em qualquer operação do Estado não nos consultarem. Diria que se não nos escolherem, é preciso que justifiquem.»



Júdice parte de pressupostos absolutamente errados.
A fundamentação exige-se na escolha. Nunca na não escolha. Muito menos na "não escolha" do que seria óbvio. E o que é dito é tudo menos óbvio.
Critérios quantitativos só servem para quem deles se serve. Tenho pena de ver que José Miguel Júdice é dos que deles se servem. Ou então perdeu a noção. Perdeu o discernimento e o juízo, todos ao mesmo tempo.
Exemplos que bastam para contrariar o que é dito são empresas públicas e entidades públicas empresariais que são mandatadas por advogados que trabalham a solo.
E pressupor o óbvio, da forma como é pressuposto por Júdice, é das pressuposições mais prepotentes que tenho ouvido.
Como é possível pedir justificação, quando se manda uma barda tão absurda como esta, ainda mais sem justificar.
Fico à espera de saber porquê.

de facto a antítese de todo o seu discurso enquanto bastonário. onde ficam o pluralismo e as oportunidades aos jovens advogados?

Medo do Governo PS dar prevalência a Escritórios mais PS.

Não justifica.
Ai o mercado, o mercado...

antes fosse esse «medo»... aliás, antes fosse esse medo. a afirmação é tudo menos de medo. é um ataque ostensivo.
de qualquer forma, o comentário é muito condescente para com o ex-bastonário e grande hoteleiro. demasiado...

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